Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.
(crédito da foto: António Pedro Ferreira, jornal Expresso) Antecipando a minha visão sobre parte da entrevista de Pedro Nuno Santos ao jornal Expresso (quinta-feira, 23 de janeiro), amanhã, no Diário de Aveiro. Primeiro, importa referir que a entrevista é muito mais do que a referência à imigração. É sobre a reforma da justiça, os Estados Gerais do PS e a afirmação de alternativa governativa, as presidenciais, a chamada “lei dos solos”, entre outros. Segundo, mesmo na (...)
(fonte: The Brick Wall & Properties) O Presidente da República promulgou, no dia 26 de dezembro, o Decreto-Lei n.º 177/2024, de 30 de dezembro, que altera o Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT) que, face à polémica gerada, acabou por ser designado como a “lei dos solos”. O novo diploma, que integra um conjunto de medidas regulamentares de Ordenamento do Território e de Planeamento Urbano, não é isento de comparações (concretamente em relação (...)
Este seria, por natureza, o espaço e tempo para avaliar 2024 e perspetivar 2025. Mas o novo ano, para Aveiro, nasce envolto em polémica, diga-se, em abono da verdade, com alguma justificação. Justificada pelo facto da entrada em vigor da isenção de portagens nas antigas SCUT não eliminar o sentimento antigo de injustiça e de discriminação em relação a Aveiro, com impactos significativos, por exemplo, na Freguesia de Cacia (pressão rodoviária e segurança, entre outros). Em (...)
Longe vai, felizmente, o tradicional castigo escolar das costas voltadas para a sala e virado para a parede (com ou sem as respetivas “orelhas”). Mais do que servir como exemplo, era o recurso à humilhação como corretivo pedagógico. Também há poucos dias a dignidade humana e o país foram humilhados, embora, neste caso, sem qualquer sentido aceitável de correção ou de exemplo. Apenas a humilhação dos mais frágeis, a superioridade do poder pela força, uma condenável e (...)
O Governo, “assessorado” pelas diversas associações do setor económico nacional, nomeadamente, indústria, construção civil, agricultura/pescas e turismo (restauração e hotelaria), chegou, finalmente, a uma conclusão óbvia, apesar de questionável quanto aos princípios e valores que sustentam a sua difusa argumentação. Depois da propaganda governativa (falhada… totalmente falhada) na instrumentalização da atuação e missão da das forças policiais em alguns bairros (...)
Premissa. Linearmente… a anemia é uma doença caracterizada pela diminuição do número de glóbulos vermelhos e, consequentemente a diminuição de oxigenação, provocando sintomas como, por exemplo, fraqueza e cansaço (fonte: SNS24). Só do ponto de vista meramente académico ou utópico é que se pode esperar que qualquer governo consiga, politicamente, solucionar ou resolver uma exigência social. Isso não existe, na prática. O que existe é a capacidade de gerar medidas, (...)
(origem da foto: vídeo do encerramento do 42.º congresso do PSD, in RTP) Face à realidade polvorosa, importa mais a serenidade pública do que atiçar a conflitualidade (como alguns - os do costume - que deveriam ter responsabilidades públicas acrescidas e não se contêm na boçalidade e no populismo). Mas também sobre cidadania, poder, direitos e liberdades, regressemos ao encerramento do Congresso do PSD, que decorreu em Braga, há cerca de uma semana. O anúncio de Pedro Nuno (...)
O Orçamento do Estado e o medo de eleições antecipadas.
mparaujo
Já está no ar o décimo episódio do Politicamente Insurreto, disponível em: Rádio Terra Nova e no Spotify . Episódio desta semana: "O Orçamento do Estado e o medo de eleições antecipadas". Sobre o episódio #10 A próxima semana, para além de assinalar 12 meses após o massacre do Hamas (...)
(crédito da foto: José Sena Goulão/Lusa, in Jornal Económico) O Orçamento do Estado, na sua especificidade, é um instrumento provisional/previsional da aplicação das finanças públicas nas várias áreas de intervenção do Estado, gerindo, com imperativo legal, a aplicação das receitas em função das despesas previsíveis. Mas é, também, muito mais do que um plano financeiro e contabilístico. Na sua base, estruturação e gestão está implícita a vertente política: a da (...)
Se a atual conjuntura política francesa fosse a Marie Antoinette, Emmanuel Macron seria, claramente, o carrasco encarregado da sua execução (a 16 de outubro de 1793). Apesar da governação política francesa da era Macron, nomeadamente desde 2020, com Jean Castex, até setembro de 2024, com Gabriel Attal, passando por Elisabeth Borne, de maio de 2022 a janeiro de 2024, têm sido alvo das mais significativas e fraturantes insatisfações e instabilidade sociais, não era expectável (...)
a escolha do governo da nação do nome de Maria Luís Albuquerque para Comissária Europeia
mparaujo
(fonte da foto: página oficial do Governo da República Portuguesa, rede social facebook) A escolha do nome de Maria Luís Albuquerque, ex-ministra das Finanças entre julho de 2013 (sucedendo a Vítor Gaspar / Troika) e novembro de 2015 (queda do governo PaF, de Passos Coelho), independentemente dos elogios e aplausos e apesar das críticas e contestações, foi, para ambos os lados, uma surpresa. Primeiro porque não tem qualquer experiência política europeia e, segundo, porque fez (...)
Já está no ar o sexto episódio do Politicamente Insurreto, disponível em: Rádio Terra Nova e no Spotify . Episódio desta semana: "A escolha de Luís Montenegro indicando a Ursula von der Leyen o nome de Maria Luís Albuquerque para comissária europeia". Sobre o episódio #6 Mais do que (...)
A um governo a democracia exige responsabilidade, ética e honestidade política. O seu contrário, para além do perigo político que é a aproximação ao populismo fácil e leviano que alimenta os extremismos e radicalismos, significa enganar os cidadãos e ludibriar a realidade. É, por isso, inaceitável esta manifesta arrogância pífia permanente, por parte do Governo da AD. E para se ser respeitado, há que se dar, em primeiro lugar, ao respeito. Muito menos é aceitável a (...)
Da honestidade… Há algumas coisas e contextos que facilitam as críticas ou as apreciações negativas ao Serviço Nacional de Saúde ou, até, à saúde em Portugal, de forma geral. Mas há outras que ultrapassam qualquer questão governativa, política, ideológica, estrutural, etc., etc. Não sei, nem tenho qualquer informação concreta que me permita emitir qualquer tipo de “julgamento” ou avaliação, ou, ainda, atribuir qualquer responsabilidade direta. Mas sejamos, no (...)
O turismo em Portugal foi responsável por 12,7% do PIB em 2023 (metade do crescimento do PIB: 2,3%), injetando na economia 34 mil milhões de euros de receitas (apesar do fator inflação), resultado do contributo da “visita” de perto de 30 milhões de turistas (dados do INE). Isto são boas ou más notícias? Nem sim, nem não, antes pelo contrário. O mesmo já não se poderá dizer quando é expectativa do Governo chegar a 2033 e arrecadar mais de 56 mil milhões de euros de (...)
(fonte da foto: portal SNS) Não foi a oposição ou a sociedade que impuseram o que quer que fosse ao Governo na área da saúde. Até mesmo o setor e os seus profissionais limitam-se à contestação da realidade e à reivindicação do que foi prometido. E aqui é que reside o problema. Para conquistar o eleitorado, a AD prometeu tudo e mais alguma coisa, de forma irrealista e irresponsável. A afirmação e o compromisso são do Governo: apresentar, em 60 dias, um plano para a saúde (...)
(fonte da foto: portal SAPO) Vamos deixar de parte, para outras discussões, o facto da legitimidade da defesa de direitos não precisar de comparações de realidades profissionais distintas e diferenciadas. Vamos deixar de parte, para outras discussões, o facto de a interrupção involuntária de um ciclo governativo levou à queda de um conjunto de projetos e estratégias governativas que implicariam negociações com setores profissionais. Vamos deixar de parte, para outras (...)
Não há coincidências, assim como ganha especial dimensão a expressão e o conceito “não há almoços grátis”. Nas vésperas das eleições europeias de 9 de junho, houve duas intervenções públicas do Primeiro-ministro que, à data, terão passado despercebidas, ou pelo menos desvalorizadas, mas que à luz de alguns acontecimentos mais recentes adquirem novos contornos. Numa conferência, no Porto, a propósito das comemorações dos 136 do Jornal de Notícias, Luís (...)
Se é um facto que o Presidente da República empossou o XXIV Governo Constitucional no dia 2 de abril e os Secretários de Estado no dia 5 do mesmo mês, a verdade é que podemos tomar como baliza o arranque das funções governativas no dia 12 de abril, data em que terminou, na Assembleia da República, a discussão, apreciação e “aprovação” do Program (...)
Quando ficámos a conhecer a constituição do Governo, nos ministérios e secretarias de Estado, a primeira reação foi de alguma incerteza e bastantes dúvidas quanto ao seu desempenho. Não se esperaria é que acontecesse tudo tão rapidamente. Não alinho no princípio e no pressuposto de que são apenas as políticas que contam e não os rostos de quem governa. O desempenho depende dos dois fatores conjugados: políticas/medidas e políticos/executores. Ao fim de quase 30 dias de (...)