Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.
(crédito da foto: André Rodrigues, arquivo jornal Público) Quando milhares de jovens portugueses (quase 50 mil) conheceram hoje o seu destino académico, com a publicação das listas de acesso ao ensino superior (desde já muita sorte aos que iniciam esta etapa e para os que ficaram, este ano, votos de um melhor resultado em 2025), há um misto de satisfação, orgulho e de alegria, misturado com uma forte dose de inquietação e apreensão. Nomeadamente, para os que se encontrarão (...)
Entende-se por notícia o relato de um acontecimento factual, novo ou que introduza novidade relevante sobre um facto existente, de interesse público (distinto de “do interesse do público”), sustentado no rigor, na clareza, na objetividade e na imparcialidade, cumprindo requisitos e regras do género jornalístico (nomeadamente, a resposta às 5 ou 6 questões básicas) e as normas éticas e deontológicas profissionais. Ao título de uma notícia cabe despertar a atenção, (...)
O PSD, o Ministro das Finanças, o Primeiro-ministro e até o Governo todo podem apresentar as desculpas mais esfarrapadas, os argumentos mais paradoxais e demagogos, podem rasgar as vestes que quiserem (como a anedótica postura política do surreal líder do grupo parlamentar, Hugo Soares), mas não podem, não têm essa legitimidade, nem moral e ética políticas, para criticar e acusar 10 milhões de portugueses, todos os partidos da oposição - da direita è esquerda, do Chega ao (...)
Se a histórica sealy season já não é o que era, também não fará grande sentido que os partidos não consigam reinventar e insistam nas tradicionais (e cada vez mais banalizadas) rentrées políticas. Já nem para consumo interno, nem para o debate político-partidário, servem. A mais recente Festa do Pontal, realizada a 14 de agosto, na Quarteira, é disso claro exemplo. Do rescaldo da rentrée social-democrata fica o vazio estratégico do partido e nem como “prova de vida (...)
a literacia financeira dos portugueses é mais alta do que muitos pensam ou querem fazer crer
mparaujo
Esta ideia de que os portugueses são económica e financeiramente ileteratos e que qualquer bonito 'soundbite' leva ao engodo, é, acima de tudo, de um provincianismo bacoco e de uma demagogia política do pior do populismo. Aos portugueses, aos que não são da área, obviamente, pouco lhes interessa conceções e princípios técnicos e académicos. Mas muito menos, interessam os populismos político-partidários. Aos portugueses, o que interessa são os efeitos e impactos que as (...)
Chegou aquela altura do ano (de 1 de abril a 30 de junho) referente a uma das obrigações fiscais mais agri-doces do nosso sistema fiscal: a entrega da Declaração do IRS. Dores de cabeça porque o Portal das Finanças está "sobrelotado"... Dores de cabeça porque há sempre dúvidas no preenchimento do Modelo 3 e respectivos anexos... Dores de cabeça porque não registámos as facturas atempadamente no "e-fatura"... Dores de cabeça porque achamos sempre que pagamos demasiado imposto... D (...)
Barragens EDP: Quem esconde o quê, quanto e porquê?
mparaujo
A organização não-governamental Transparency Internacional (TI) revelou, no seu mais recente relatório, que Portugal ocupou, em 2020, o 33.º lugar no Índice de Percepção da Corrupção (com 61 pontos, sendo a pontuação mais baixa de sempre: 62 pontos em 2019, 64 em 2018, 63 em 2017 - quanto mais alta for a pontuação melhor). Um rankinginternacional, que integra 180 países, onde figuram, nos quatro primeiros lugares países como a Dinamarca e Nova Zelândia com 88 pontos, (...)
Independentemente de concordar ou não (e quase nunca de acordo) com Carvalho da Silva é inquestionável o seu histórico político como um dos mais carismáticos líderes sindicais. E a propósito das negociações e das notícias a conta-gotas que têm vindo a público sobre o Orçamento do Estado para 2018, o antigo Secretário-geral da CGTP/IN, sem esquecer o seu passado e a sua experiência sindical, veste a pele do actual investigador em Sociologia do ISCTE-Universidade de Lisboa e (...)
publicado na edição de hoje, 16 de outubro, do Diário de Aveiro. Debaixo dos Arcos Mais do mesmo… até 2019 Estão apresentadas as linhas gerais do Orçamento do Estado para o ano de 2017 que deverá ser aprovado em Assembleia da República, à semelhança do que aconteceu no final de 2015 em relação ao OE2016. Cai (...)
Há concepções e estratégias que me ultrapassam a anos luz. Obviamente que o defeito será meu pela circunstância ignorante que me assolará em muitas (quase todas) as matérias, certamente. Mas não consigo evitar a inquietação da dúvida. Foi publicada hoje a portaria que determina o aumento do Imposto sobre os Combustíveis (ISP) e que (...)
Quando o Governo instituiu a Factura da Sorte foram muitas as vozes críticas a esta medida de âmbito fiscal (e fiscal no duplo sentido de fiscalidade e de fiscalização). Na altura posicionei-me a favor da medida e do projecto já que entendo ser um dever (e um direito dos que pagam) cívico a solicitação de factura em qualquer acto de aquisição (...)
publicado na edição de hoje, 22 de fevereiro, do Diário de Aveiro. Debaixo dos Arcos O imposto plástico… Ainda há muito pouco tempo a ex-ministra das Finanças do governo de Durão Barrosa, Manuel Ferreira Leite (pelos visto possível candidata a candidata à presidência da República) afirmava, no seu espaço de comentário televisivo, que a (...)
Ou melhor… a dor de parto de qualquer Governo. Ou melhor ainda… os Orçamentos do Estado são sempre arrancados a ferros. E isto ao longo de legislaturas atrás de legislaturas, seja o governo “laranja”, “rosa”, bi ou tri-color. Este Orçamento do Estado para 2015 não foge à regra das dores de parto de qualquer Governo, embora com características e (...)
É certo que os impactos públicos (custo para o Estado e contribuintes) da participação do Estado na recapitalização do BES em nada terão a ver com o valor injectado no BPN que ronda os sete mil milhões de euros (qualquer coisa como cerca de 700 euros a cada português). A dimensão do caso BES é menor que a do BPN (em parte pela estratégia de (...)
publicado na edição de ontem , 27 de julho, do Diário de Aveiro.
Debaixo dos Arcos
A procriação fiscal
Os dados recentemente divulgados pelo INE e por estudos sociológicos realizados por instituições/fundações ou por comissões como a recentemente criada pelo PSD/Governo, apontam para uma realidade preocupante: a baixa taxa de natalidade em Portugal que, a par com a questão demográfica alicerçada numa emigração elevada e numa acentuada diminuição da imigração, tem (...)
Um dos factores críticos, de censura, de afastamento, de desilusão, em relação ao Governo reside na diferença colossal, numa verdadeira espiral recessiva do discurso político, entre as posições assumidas por Pedro Passos Coelho (‘novo’ PSD) no período (1 ano) que antecederam o chumbo do PEC IV e a campanha eleitoral de 2011, e toda a governação exercida, onde se incluem todas as demagogias e enganos cometidos por este Governo. A ponto de perder a identificação com este PSD (...)
Está na génese da identidade dos portugueses o "mal-dizer" (criticar tudo o que nos aparece à frente). Por alguma razão Gil Vicente (séc. XV) é uma das referências da história da nossa cultura (o dramaturgo a quem se atribui a paternidade do teatro português) com as suas sátiras, farsas e cantigas de escárnio e mal-dizer.
Um dos alvos preferenciais é o sector político, com os governos à cabeça. Mas a verdade é que muita desta falta/ausência de qualificação política e (...)
Numa altura em que está prestes a terminar a primeira fase e a iniciar-se a segunda fase da entrega do IRS, afigura-se oportuna a reflexão sobre uma das principais receitas fiscais do Estado, a que incide directamente sobre o rendimento do trabalho. A primeira nota diz respeito à forma como o Governo tem agido em relação ao Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS). Em 2013, Pedro Passos Coelho afirmava que não seria possível qualquer alteração ao IRS antes de 2015 (...)
Publicado na edição de hoje, 2 de abril, do Diário de Aveiro.
Debaixo dos Arcos Um país a perder… Enquanto alguns indicadores positivos, diga-se em abono da verdade, como o cumprimento do défice de 2013 abaixo dos 5%, o saldo externo e as exportações, por exemplo, vão dando a ilusão de um país melhor, de uma reviravolta na crise, teimosamente os outros números, os da realidade, vão-nos mostrando e lembrando o país real, o país do dia-a-dia: os cortes sociais; a (...)