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Debaixo dos Arcos

Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.

23.Set.24

Chorar os mortos, sarar as feridas e contabilizar os danos… de novo

o inferno do lume, outra vez.

mparaujo
(crédito da foto: Adriano Miranda, fotojornalista) Em poucas semanas, o norte e o centro do país avivaram as memórias dos trágicos incêndios de 2017. Em cerca de uma semana o “lume” devastou mais de 124 mil hectares de floresta (e mato), propriedades e bens, provocou 117 vítimas, das quais 12 feridos graves, e, lamentavelmente, 5 mortes. E, de novo, voltámos a ouvir as mesmas análises e reflexões, os mesmos estudos, os mesmos apelos, as mesmas críticas, os mesmos diretos da (...)
21.Ago.24

Estar presente faz (sempre) toda a diferença

mparaujo
Seja qual for a circunstância, a governação e a oposição, não alimento o fervor da confrontação política e partidária em plenas tragédias, independentemente das suas dimensões e tipologias. As tragédias – humanas, sociais, ambientais, whatever, merecem, acima de tudo, que o foco se centre no seu combate e na sua solução, e não em contextos (por mais pertinentes que o sejam) que desviem o foco. Os incêndios que lavram na Madeira há uma semana (tal como circunstâncias (...)
18.Jun.23

O populismo e a politiquice lamacenta...

lamentável é a ausência de ética política e de respeito por parte da oposição

mparaujo
(crédito da foto: António Cotrim / Lusa, in SIC Notícias Se razões houvesse (tão elucidadas com todas as salsadas TAP, SIS, Ministério das Infraestruturas, etc.), fica ainda mais claro o pântano (para não dizer lamaçal) no qual a política nacional mergulha, muito por força de uma oposição completamente desventurada, desnorteada, pífia e desesperada (por mais que tente incutir no palco mediática a culpabilidade do PS ou do Governo... sem conseguir. Mas sobre isso falaremos a (...)
15.Set.22

A culpa ardeu solteira (*)

ainda no rescaldo do ano trágico de 2017.

mparaujo
(fonte da imagem: Bom Dia Europa) O apuramento penal de eventuais responsabilidades pelo trágico acontecimento dos "incêndios de Pedrógão Grande", em 2017 - as 64 mortes (47 das quais na fatídica EN 236-1) e cerca de 200 feridos - teve, ontem, a sua derradeira sessão, no Tribunal de Leiria, que culminou com a absolvição dos 11 arguidos neste processo judicial (a saber: o comandante dos Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande, o presidente da Câmara Municipal de Figueiró dos (...)
16.Ago.22

Arde demasiado na Serra da Estrela que também é Portugal

para lá do horizonte do Terreiro do Paço fica e ficará sempre a província (mais ou menos distante).

mparaujo
(crédito da foto: Patrícia de Melo Moreira/AFP, in 'Contacto') Começou na madrugada do dia 6 de agosto, no Município da Covilhã, abrangendo ainda os municípios da Guarda, Manteigas, Celorico da Beira e Gouveia... já lá vão 10 dias e a Serra da Estrela, um dos maiores patrimónios naturais do país, não para de arder. Com dados ainda provisórios, a Serra da Estrela já perdeu perto de 30 mil hectares de florestação, o que dá, aproximadamente quase 28 MIL campos de futebol. Ao (...)
23.Jul.22

Cortar autoestradas, só mesmo em Portugal?

perceber a polémica...

mparaujo
Uma passagem (e regresso), hoje, pela autoestrada A1 (sentido Aveiro - Porto), foi o suficiente para me deparar com um cenário (ao vivo e com pouca cor) que, por estes dias, é mais presente no ecrã de televisão, do que propriamente num contacto direto. No acesso da A25 à A1 e, depois, no troço entre as portagens e a área de serviço da Antuã, a paisagem espelha, claramente, o que foi a dimensão do incêndio que deflagrou, há uma semana (no dia 13 de julho) no Município de (...)
13.Out.19

370 dias depois... as mesmas ruínas e um olhar de sobrevivência

mparaujo
Dois anos após os trágicos incêndios de outubro de 2017 (quatro meses depois de Pedrógrão Grande) fica a memória da devastação de 290 mil hectares, atingidos 38 municípios, 490 empresas e da destruição total de cerca de 400 casas (mas foram afectadas mais de mil). Mesmo assim, apesar de todos os programas (tipo REVIA), de todos os fundos implementados (mais de 60 milhões de euros), ainda há quem olhe, há 730 dias consecutivos, para as mesas ruínas, com a esperança (à qual (...)
11.Ago.18

A "vitória moral" do Governo, em Monchique

mparaujo
Primeira nota. Não há nada, nem coisa alguma, que tenha igual ou mais valor que a vida. É o direito mais supremo, inalienável, sem qualquer preço. Daí que seja perfeitamente admissível e normal que em qualquer situação e, nomeadamente, em circunstâncias extremas, a prioridade seja o valor da vida e a sua defesa/preservação. Que mais não fosse pelos exemplos de Pedrógão Grande, Pampilhosa, Góis, em 2017. Mas daí a vermos o ministro da Administração Interna a agitar a (...)
17.Jun.18

"Pedrogão" NUNCA MAIS...

mparaujo
Um ano depois... mal começava Junho, começava o inferno na terra. Por mais distantes que queiramos ser e estar Pedrogão (tal como Entre-os-Rios) ficará sempre na memória como o dia em que Portugal não soube cuidar e salvar os seus. Esta será sempre uma memória colectiva na qual, pessoalmente, há-de perdurar esta soberba imagem do Adriano Miranda, carregada de todo o simbolismo da tragédia vivida por muitos e sentida por quase todos, em 2017. Que Pedrogão não se repita NUNCA MAIS.
13.Mai.18

E o Presidente Marcelo "escorregou" em... 1, 2, 3.

mparaujo
Os que sempre "desalinharam" com e eleição e a presidência de Marcelo Rebelo de Sousa tiveram que esperar mais de dois anos para ver o "Presidente dos Afectos" a "deslizar politicamente" três vezes só no espaço de uma semana. Sendo que os "deslizes" não são, por sinal, meros pormenores displicentes. 1. O "fogo" da não recandidatura. Que Marcelo Rebelo de Sousa não se queira recandidatar, em 2021, a novo (e último) mandato presidencial é algo que lhe assiste, simplesmente. Sem (...)
07.Jan.18

Dos preconceitos e dos (pré)conceitos...

mparaujo
(créditos da foto: Gerardo Santo / Global Imagens) Esta semana foi divulgado pela Porto Editora o óbvio e o mais que esperado: a palavra do ano de 2017 é "Incêndios". Também esta semana, ao fim de tantas interrogações, pressões, polémicas e indecisões que não são facilmente compreensíveis quer para os interessados, quer para a opinião pública e política, o Primeiro-ministro António Costa assinou o despacho que determina o pagamento das primeiras indemnizações aos (...)
18.Out.17

Cheira a terra queimada

mparaujo
publicado na edição de hoje, 18 de outubro, do Diário de Aveiro. Debaixo dos Arcos Cheira a terra queimada Extintos ou em fase de extinção a totalidade dos mais de 500 fogos que se registaram entre domingo (15 de outubro) e segunda-feira (16 de outubro) Aveiro, e julgo grande parte do país a norte do Tejo, acordou ontem com um desprezível e incómodo cheiro a terra queimada. Não era para menos. A chuva que caiu durante a noite, ajudando o esforço heróico de populações, (...)
17.Out.17

Um puxão de orelhas... com afecto presidencial.

mparaujo
Na deslocação prometida e anunciada de Marcelo Rebelo de Sousa às várias localidades fustigadas pelos incêndios, hoje em Oliveira do Hospital, o Presidente da República foi contundente nas palavras que proferiu e demonstrou que uma presidência de afectos também se faz de gestão política. A António Costa foi directo quanto a uma necessária e óbvia remodelação governamental que só o Primeiro-ministro, por teimosia política, não quer ver. Tal como o Primeiro-ministro (...)
16.Out.17

Decepcionante, Sr. Primeiro-ministro.

mparaujo
O país não merecia... As populações, as empresas, as comunidades, os combatentes deste flagelo, não mereciam... As vítimas e as suas famílias muito menos mereciam... Foi mau, muito fraquinho, soube rigorosa e objectivamente a nada. A tragédia, o dantismo, a inferno que se vive desde ontem não precisa de ser comparado a Pedrógão Grande. Não tem que ser comparado. Pedrógão teve o impacto do número de vítimas e a trágica forma como faleceram; o cenário que se vive a norte (...)
15.Out.17

A (ir)responsabilidade incendeária

mparaujo
Não estão fáceis os tempos para a Ministra da Administração Interna, para o Secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes e para a Autoridade Nacional da Protecção Civil... Mas não estão nada mais fáceis para as populações, para as comunidades, onde têm deflagrado as centenas de incêndios, nomeadamente os mais de 300 fogos que se registaram só hoje e que têm trazido a tragédias e o desespero a tantas localidades de norte a sul de Portugal. Não pretendo (...)
16.Set.17

O bode expiatório

mparaujo
A demissão do Comandante da Autoridade Nacional da Protecção Civil, Rui Esteves, não é mais do que o reflexo do ditado "a montanha pariu um rato". Querer, como quis a presidente do CDS, Assunção Cristas, tirar daí dividendos políticos é um risco significativo para um verdadeiro tiro no pé. Daí que seja louvável o (mais ou menos) silêncio do PSD em relação à polémica que envolve o processo de licenciatura do agora ex-comandante da ANPC. Isto porque a demissão do (...)
20.Ago.17

Duas perguntas que nunca ouvi colocarem...

mparaujo
Dois meses passados sobre a tragédia de Pedrógão Grande e do Pinhal Interior o inferno dos fogos não tem dado tréguas às populações e a diversas comunidades. Aliás... tem sido verdadeiramente devastador. Desculpem-me os meus amigos fotojornalistas e fotógrafos... mas esta imagem (que tem a assinatura de Lucília Domingues (que desconheço, deparei-me com a foto no mural da jornalista Rosa Veloso) espelha de forma perfeita a realidade do flagelo dos incêndios desta ano da graça (...)
15.Ago.17

Já não é possível evitar...

mparaujo
Há um cansaço enorme numa grande parte da população portuguesa... Há um desespero enorme em muitos portugueses... Há uma frustração e uma desilusão consideráveis na sociedade e nas comunidades... Há dor, luto, devastação que não pára, não estanca... que acende e reacende constantemente. BASTA! É demasiada terra queimada, demasiada floresta devastada, demasiado património desfeito, demasiadas mortes (nem que fosse uma apenas), demasiados feridos, demasiada dor, (...)