Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Debaixo dos Arcos

Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.

17.Out.24

Da dignidade da pessoa... mesmo na criminalidade.

mparaujo
(crédito da foto: Pedro Catarino, in Jornal de Negócios) Muito raramente, e esta não será exceção, faço qualquer tipo de considerações sobre processos judiciais em curso (seja qual for o marco temporal do processo), mas é óbvio que o caso do BES, para além de todo o impacto, primeiro, e mais importante, na vida de mais de 2.000 pessoas/famílias (os lesados) e depois, também, no nosso sistema financeiro, tem contornos e um enredo merecedor de um qualquer argumento (...)
14.Out.24

As entrelinhas do Plano para a Comunicação Social

mparaujo
Na conferência O Futuro dos Media, o Governo apresentou o Plano de Ação para os Media, com cerca de 30 medidas, algumas das quais deixam mais preocupações e inquietações do que esperança para o setor e os seus profissionais. Tem sido mais do que badalado o estado presente do jornalismo em Portugal: os desafios, os riscos, as novas exigências, a fragilidade e precariedade do setor, a ética e o rigor profissionais. Num outro prisma, há ainda a interrogação sobre a (...)
03.Jul.24

Rigor e objetividade não rimam com ambiguidade

sobre o ECO online

mparaujo
Entende-se por notícia o relato de um acontecimento factual, novo ou que introduza novidade relevante sobre um facto existente, de interesse público (distinto de “do interesse do público”), sustentado no rigor, na clareza, na objetividade e na imparcialidade, cumprindo requisitos e regras do género jornalístico (nomeadamente, a resposta às 5 ou 6 questões básicas) e as normas éticas e deontológicas profissionais. Ao título de uma notícia cabe despertar a atenção, (...)
30.Jun.24

Não acredito em bruxas, mas que las hay, las hay

mparaujo
Não há coincidências, assim como ganha especial dimensão a expressão e o conceito “não há almoços grátis”. Nas vésperas das eleições europeias de 9 de junho, houve duas intervenções públicas do Primeiro-ministro que, à data, terão passado despercebidas, ou pelo menos desvalorizadas, mas que à luz de alguns acontecimentos mais recentes adquirem novos contornos. Numa conferência, no Porto, a propósito das comemorações dos 136 do Jornal de Notícias, Luís (...)
26.Jun.24

Mais uma vez, o jornalismo de cócaras

mparaujo
Uma interessante (como sempre) publicação, hoje, de Luís Paixão Martins(uma das referências em comunicação política), na rede social “X”, sublinhava a fragilidade profissional com que os jornalistas encaram as intervenções do líder da extrema-direita portuguesa. Isto a propósito das declarações de André Ventura de repúdio pela escolha de António Costa para a presidência do (...)
23.Jun.24

Na ética jornalística, "interesse público" não é igual a "interesse do público". Nem nunca deverá ser.

mparaujo
Não tenho a certeza que o país necessite de uma reforma da Justiça, isto sem invalidar questões técnicas e do direito que não entram nesta equação. Mas uma coisa é certa, o que a Justiça menos precisava, neste momento era que o poder político (Presidente e Assembleia da República e Governo) e a sociedade estivessem mais entretidos com pacotes anticorrupção, sustentados na demagogia e populismo partidário para satisfação de eleitorado e de posicionamentos na (...)
28.Abr.24

Indo eu, indo eu… p’ró Parlamento Europeu!

mparaujo
(créditos das fotos: Paulo Spranger e Reinaldo Rodigues / Global Imagens. Fonte: DN) A direita, nomeadamente as hostes do PSD (e, nomeadamente os hustlers ou os bots das redes sociais) de forma hipócrita e desonestas, tem tentado disfarçar o incómodo interno que gerou a escolha do PSD do seu cabeça de lista às eleições Europeias. Mas disfarçam mal. A DESONESTIDADE POLÍTICA As críticas e a demagogia balofa recaíram sobre as opções do PS para os três primeiros lugares da (...)
18.Mar.24

A imbecilidade da democracia

mparaujo
Publicado na edição de hoje, 18 de março, do Diário de Aveiro (página 10) Teríamos que recuar mais de 40 anos para nos lembrarmos da última greve geral dos jornalistas (1982) que, por curiosidade ou, quem sabe, por destino, foi convocada em plena governação liderada por Francisco Pinto Balsemão. Coincidências. O dia 14 de março, volvidos 42 anos, não ficará na história marcado apenas (e isso seria, por si só, mais que suficiente) pela revolta e pelo grito de desespero e (...)
12.Mar.24

Jornalismo: liberdade, dignidade... mas também responsabilidade. #somosdn

mparaujo
No seguimento da decisão tomada por unanimidade no 5.º Congresso dos Jornalistas (18 a 21 de janeiro), o Sindicato dos Jornalistas convoca a Greve Geral para quinta-feira, 14 de março. Do pré-aviso de greve, de 28 de fevereiro: “A insegurança no emprego, os salários baixos praticados no setor, a falta de condições de trabalho e de segurança, representam um obstáculo grave ao desenvolvimento pleno da profissão de jornalista e constituem um entrave ao próprio direito dos (...)
24.Fev.24

Sem jornalismo não há democracia. Ponto.

mparaujo
(crédito da foto: Miguel A. Lopes / Lusa) Escusam de vir com a retórica do "chavão"... é um facto que muitos teimam em não querer aceitar e que outros tantos persistem em desvalorizar porque dá jeito a populismos e a determinadas narrativas. E por mais simples que seja a crítica e acusação fácil à qualidade do jornalismo e dos jornalistas, tantas vezes injustamente (mesmo que nem sempre), a verdade é que a democracia precisa de um jornalismo livre e consistente para (...)
03.Fev.24

Nem sempre "errar é humano"

mparaujo
O jornal Expresso, na sua conta do Instagram divulgava uma imagem a publicitar/divulgar um conjunto de debates entre os líderes dos partidos com assento parlamentar, para as próximas legislativas de 10 de março. Até aqui (quase) tudo bem... só que, olhando para a imagem produzida pelo Expresso, é notória a ausência de uma fotografia do líder do PCP, Paulo Raimundo (em representação da CDU). Num tempo em que muitos se solidarizam com a causa jornalística que, à data, se foca (...)
21.Jan.24

Solidariamente... pela causa do jornalismo

mparaujo
Este foi o último dia do 5.º Congresso dos Jornalistas, reunidos em Lisboa desde quinta-feira, num momento em que se agudiza o que há alguns anos se vinha adivinhando: a sobrevivência da profissão e do exercício de um jornalismo livre; a sustentabilidade do setor; o afastamento da profissão em relação aos leitores, ouvintes e espetadores; os desafios da desinformação e da proliferação anárquica de meios de difusão de informação sem rigor, sem veracidade, sem escrutínio. (...)
20.Jan.24

Títulos "à la carte"

infelizmente, numa plena coincidência com o 5.º Congresso dos Jornalistas

mparaujo
(fonte da imagem: adaptado/recorte da infografia da revista Visão - 15.01.2024 / 08:00) É indesmentível que há, nalguns órgãos de comunicação social, uma escondida "agenda editorial", mais ou menos camuflada para não colidir com o código e regime jurídico do jornalismo. Um das formas de contornar o rigor, a ética, a transparência e a isenção é recurso a títulos de notícias feitos à medida do fato que se quer vestir, focados no que dá mais jeito à tendência editorial. Num (...)
15.Jan.24

A democracia é responsabilidade de todos

mparaujo
Publicado na edição de hoje, 15 de janeiro, do Diário de Aveiro (página 10) 1. Quando o jornalismo enfrenta um contexto grave de crise, é a própria democracia que entra em crise. Sejamos claros: sem jornalistas não há jornalismo… sem jornalismo não há democracia. Esta é uma inquestionável realidade. E não se pense que os impactos de um jornalismo em crise apenas se compaginam com o encerramento de órgãos de comunicação social (que, infelizmente, ao longo da história da (...)
18.Dez.23

Quando o jornalismo também é (deve ser) notícia

#SomosJN, #SomosGlobalMedia, #SomosJornalismo, #SomosPelosJornalistas

mparaujo
Publicado na edição de hoje, 18 de dezembro, do Diário de Aveiro (página 6) Há um princípio básico no jornalismo, mesmo que questionável e tantas vezes colocado em causa, que defende que o jornalista não é, nem deve ser, a notícia. E por “arrasto” o próprio jornalismo. Sendo o jornalismo (e, por óbvias razões, o jornalista) parte integrante da dinâmica da sociedade, em determinados contextos e circunstâncias, o jornalismo e o jornalista podem (e devem) ser a notícia. (...)
07.Dez.23

#Somos JN

pela dignidade do jornalismo e dos jornalistas, pelo seu papel na democracia

mparaujo
Há alguns meses a TSF silenciava a sua voz durante um dia, como forma de protesto dos profissionais daquela rádio. Hoje é o Jornal de Notícias que não saiu para as bancas, pela primeira vez desde 1988 (há 35 anos), pelos mesmos objetivos: pelo JN (por extensão, pelo grupo da Global Média), pelo jornalismo e pelos leitores. E sem qualquer constrangimento, porque não, pelos próprios jornalistas. Até porque esta tem sido um luta transformada em movimento cívico #SomosJN (...)
07.Nov.23

Afinal estas coisas inventam-se...

mparaujo
(crédito da foto: Lusa, in RTP) João Galamba foi (e eventualmente é) o ministro mais mal-amado deste Governo. Alvo constante da oposição. Espinha cravada na garganta do Presidente da República, desde que lhe deu posse totalmente contrariado e a contragosto. Contra tudo e contra todos, António Costa indica-o como ministro e segura-o nas tempestades. Este processo do lítio - concessão de exploração de lítio nas minas do Romano (Montalegre) e do Barroso (Boticas) - dura há quase (...)
05.Set.23

Não há almoços grátis

O risco de vender a alma ao diabo.

mparaujo
À comunicação social exige-se (e auto exige-se) rigor, transparência e independência para que a sua particular e principal função/missão possa ser cumprida: retratar a verdade dos factos. E, desta forma, contribuir para o fortalecimento da democracia e do "espaço público". Nestes princípios, cabe à comunicação social o papel escrutinador dos poderes públicos, nomeadamente os políticos, como forma de garantir o legítimo funcionamento de um Estado de Direito Democrático. Tu (...)
23.Ago.23

Agosto também se escreve com ‘J’ (parte 3 de 4) - As fake news nacionais

Como provar do próprio veneno.

mparaujo
(fonte da imagem: infografia Público) A expressão é, ipsis verbis, de Luís Paixão Martins (via antigo Twitter, agora X… ou lá como é que aquilo se chama): “A imprensa que passa os dias a embrulhar no seu grafismo as fakes do Chega está agora chateada porque o Chega começou a embrulhar as suas fakes no grafismo da imprensa”. Tinha rebentado a bomba na comunicação social, embora com muito pouco estilhaço surpreendente. Curiosamente, surpreendida foi a própria (...)