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Debaixo dos Arcos

Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.

18.Mar.24

A imbecilidade da democracia

mparaujo
Publicado na edição de hoje, 18 de março, do Diário de Aveiro (página 10) Teríamos que recuar mais de 40 anos para nos lembrarmos da última greve geral dos jornalistas (1982) que, por curiosidade ou, quem sabe, por destino, foi convocada em plena governação liderada por Francisco Pinto Balsemão. Coincidências. O dia 14 de março, volvidos 42 anos, não ficará na história marcado apenas (e isso seria, por si só, mais que suficiente) pela revolta e pelo grito de desespero e (...)
12.Mar.24

Jornalismo: liberdade, dignidade... mas também responsabilidade. #somosdn

mparaujo
No seguimento da decisão tomada por unanimidade no 5.º Congresso dos Jornalistas (18 a 21 de janeiro), o Sindicato dos Jornalistas convoca a Greve Geral para quinta-feira, 14 de março. Do pré-aviso de greve, de 28 de fevereiro: “A insegurança no emprego, os salários baixos praticados no setor, a falta de condições de trabalho e de segurança, representam um obstáculo grave ao desenvolvimento pleno da profissão de jornalista e constituem um entrave ao próprio direito dos (...)
24.Fev.24

Sem jornalismo não há democracia. Ponto.

mparaujo
(crédito da foto: Miguel A. Lopes / Lusa) Escusam de vir com a retórica do "chavão"... é um facto que muitos teimam em não querer aceitar e que outros tantos persistem em desvalorizar porque dá jeito a populismos e a determinadas narrativas. E por mais simples que seja a crítica e acusação fácil à qualidade do jornalismo e dos jornalistas, tantas vezes injustamente (mesmo que nem sempre), a verdade é que a democracia precisa de um jornalismo livre e consistente para (...)
03.Fev.24

Nem sempre "errar é humano"

mparaujo
O jornal Expresso, na sua conta do Instagram divulgava uma imagem a publicitar/divulgar um conjunto de debates entre os líderes dos partidos com assento parlamentar, para as próximas legislativas de 10 de março. Até aqui (quase) tudo bem... só que, olhando para a imagem produzida pelo Expresso, é notória a ausência de uma fotografia do líder do PCP, Paulo Raimundo (em representação da CDU). Num tempo em que muitos se solidarizam com a causa jornalística que, à data, se foca (...)
21.Jan.24

Solidariamente... pela causa do jornalismo

mparaujo
Este foi o último dia do 5.º Congresso dos Jornalistas, reunidos em Lisboa desde quinta-feira, num momento em que se agudiza o que há alguns anos se vinha adivinhando: a sobrevivência da profissão e do exercício de um jornalismo livre; a sustentabilidade do setor; o afastamento da profissão em relação aos leitores, ouvintes e espetadores; os desafios da desinformação e da proliferação anárquica de meios de difusão de informação sem rigor, sem veracidade, sem escrutínio. (...)
20.Jan.24

Títulos "à la carte"

infelizmente, numa plena coincidência com o 5.º Congresso dos Jornalistas

mparaujo
(fonte da imagem: adaptado/recorte da infografia da revista Visão - 15.01.2024 / 08:00) É indesmentível que há, nalguns órgãos de comunicação social, uma escondida "agenda editorial", mais ou menos camuflada para não colidir com o código e regime jurídico do jornalismo. Um das formas de contornar o rigor, a ética, a transparência e a isenção é recurso a títulos de notícias feitos à medida do fato que se quer vestir, focados no que dá mais jeito à tendência editorial. Num (...)
15.Jan.24

A democracia é responsabilidade de todos

mparaujo
Publicado na edição de hoje, 15 de janeiro, do Diário de Aveiro (página 10) 1. Quando o jornalismo enfrenta um contexto grave de crise, é a própria democracia que entra em crise. Sejamos claros: sem jornalistas não há jornalismo… sem jornalismo não há democracia. Esta é uma inquestionável realidade. E não se pense que os impactos de um jornalismo em crise apenas se compaginam com o encerramento de órgãos de comunicação social (que, infelizmente, ao longo da história da (...)
18.Dez.23

Quando o jornalismo também é (deve ser) notícia

#SomosJN, #SomosGlobalMedia, #SomosJornalismo, #SomosPelosJornalistas

mparaujo
Publicado na edição de hoje, 18 de dezembro, do Diário de Aveiro (página 6) Há um princípio básico no jornalismo, mesmo que questionável e tantas vezes colocado em causa, que defende que o jornalista não é, nem deve ser, a notícia. E por “arrasto” o próprio jornalismo. Sendo o jornalismo (e, por óbvias razões, o jornalista) parte integrante da dinâmica da sociedade, em determinados contextos e circunstâncias, o jornalismo e o jornalista podem (e devem) ser a notícia. (...)
07.Dez.23

#Somos JN

pela dignidade do jornalismo e dos jornalistas, pelo seu papel na democracia

mparaujo
Há alguns meses a TSF silenciava a sua voz durante um dia, como forma de protesto dos profissionais daquela rádio. Hoje é o Jornal de Notícias que não saiu para as bancas, pela primeira vez desde 1988 (há 35 anos), pelos mesmos objetivos: pelo JN (por extensão, pelo grupo da Global Média), pelo jornalismo e pelos leitores. E sem qualquer constrangimento, porque não, pelos próprios jornalistas. Até porque esta tem sido um luta transformada em movimento cívico #SomosJN (...)
07.Nov.23

Afinal estas coisas inventam-se...

mparaujo
(crédito da foto: Lusa, in RTP) João Galamba foi (e eventualmente é) o ministro mais mal-amado deste Governo. Alvo constante da oposição. Espinha cravada na garganta do Presidente da República, desde que lhe deu posse totalmente contrariado e a contragosto. Contra tudo e contra todos, António Costa indica-o como ministro e segura-o nas tempestades. Este processo do lítio - concessão de exploração de lítio nas minas do Romano (Montalegre) e do Barroso (Boticas) - dura há quase (...)
05.Set.23

Não há almoços grátis

O risco de vender a alma ao diabo.

mparaujo
À comunicação social exige-se (e auto exige-se) rigor, transparência e independência para que a sua particular e principal função/missão possa ser cumprida: retratar a verdade dos factos. E, desta forma, contribuir para o fortalecimento da democracia e do "espaço público". Nestes princípios, cabe à comunicação social o papel escrutinador dos poderes públicos, nomeadamente os políticos, como forma de garantir o legítimo funcionamento de um Estado de Direito Democrático. Tu (...)
23.Ago.23

Agosto também se escreve com ‘J’ (parte 3 de 4) - As fake news nacionais

Como provar do próprio veneno.

mparaujo
(fonte da imagem: infografia Público) A expressão é, ipsis verbis, de Luís Paixão Martins (via antigo Twitter, agora X… ou lá como é que aquilo se chama): “A imprensa que passa os dias a embrulhar no seu grafismo as fakes do Chega está agora chateada porque o Chega começou a embrulhar as suas fakes no grafismo da imprensa”. Tinha rebentado a bomba na comunicação social, embora com muito pouco estilhaço surpreendente. Curiosamente, surpreendida foi a própria (...)
06.Abr.23

Ainda a abjeta crónica misóginia

porque ainda há mais a dizer...

mparaujo
Nunca será a via do silêncio ou do "deixa andar/isto afinal é o dia-a-dia" que marcará a minha opção de criticar ou condenar tudo o que vá contra os valores, a dignidade e a integridade da pessoa. E sobre a (ainda) recente polémica do deplorável texto e vil "body shaming" a que foram sujeitas Maria Botelho Moniz e Cristina Ferreira, nem tudo foi aqui dito. Podíamos (...)
03.Abr.23

Curto e grosso: REPUGNANTE! NOJENTO!

a misoginia e o androcentrismo no seu (pior) melhor...

mparaujo
(fonte da foto: Espalha Factos, março de 2020) O que está em causa: um deplorável e condenável texto publicado no jornal Correio da Manhã (onde mais poderia ser) por um 'suposto' jornalista, criticando o aspeto físico de uma apresentadora de televisão (Maria Botelho Moniz - SIC)... curiosamente sem uma referência ao profissionalismo da visada. Entre outras pérolas do pior da misoginia e do androcentrismo está este parágrafo: «mulher simpática mas robusta, com tendência para (...)
30.Dez.21

Um único caso que fosse... valia o repúdio e a repulsa.

mas, infelizmente, são demasiados para que possamos ficar indiferentes.

mparaujo
Dos 30 artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, transcritos de forma parcial e resumida. Artigo 1.º - Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Artigo 2.º - (...) sem distinção alguma, nomeadamente de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou outra, origem nacional ou social, fortuna, nascimento ou outro estatuto. Artigo 3.º - Todas as pessoas têm direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. Artigo 4.º - (...)
30.Nov.20

COVID-19... mais uma vez o descuido com a comunicação.

no meio da confusão... o alvo acaba sempre por ser o mensageiro.

mparaujo
A propósito do precipitado pré-anúncio dos grupos prioritários para a primeira fase da vacinação SARS-CoV-2. A comunicação social deu eco à revelação de um estudo técnico preliminar, elaborado por uma Comissão Técnica promovida pela DGS, que, aparentemente, exclui dos grupos prioritários os idosos, nomeadamente aqueles que não estão em Estruturas Residenciais para Idosos (lares), originando logo um coro de críticas à "opção" apresentada, bem como um igual coro de (...)
18.Out.20

A ler os outros... a "fé" de Adriano Miranda

quando um ateu encontra a liberdade nos círculos da fé dos outros.

mparaujo
(fonte da foto: labjovem) Somos da mesma geração, do mesmo ano, mais mês menos mês... Nascemos na mesma cidade... Somos do "mesmo liceu" (José Estêvão)... Somos de comunicação, com a mesma paixão... Entendemos o direito ao exercício da cidadania sob o mesmo prisma. Na altura dos devaneios juvenis, cruzámo-nos pouco. Felizmente, mais tarde e por diversas razões, já nos cruzámos o número suficiente de vezes para gerar um enorme respeito, consideração e estima e um (...)
24.Ago.20

Caiu a máscara... em "off" ou em "on"

«A Política sem risco é uma chatice e sem ética uma vergonha» - Francisco Sá Carneiro

mparaujo
"Preâmbulo"... Uma declaração off the record pressupõe uma aceitação de não divulgação de informação. Algo que não será tão linear e tão absoluto. Primeiro porque, para quem tem décadas de experiência política, declarações off the record são, muitas vezes, usadas para pressionar e condicionar. Segundo porque, mesmo parecendo contraditório (e não é), face ao teor das declarações e à sua importância ou relevância política podem (e devem) ser tornadas públicas. (...)
07.Jun.20

A propósito do racismo, entre outros

ser intolerante com a tolerância. Um texto contra o racismo e por um jornalismo com identidade.

mparaujo
Desde o final da semana passa e durante todos estes primeiros dias de junho, a morte do afro-americano George Floyd relegou para segundo plano a "cansável COVID-19". A agenda pública trouxe, infelizmente pelos piores motivos, a questão do racismo, alargado à xenofobia, à homofobia, à igualdade de género, aos migrantes e refugiados. Das várias leituras sobre a questão, há três contextos que me mereceram particular atenção: a existência (sempre houve) de racismo e xenofobia em (...)