Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.
Na conferência O Futuro dos Media, o Governo apresentou o Plano de Ação para os Media, com cerca de 30 medidas, algumas das quais deixam mais preocupações e inquietações do que esperança para o setor e os seus profissionais. Tem sido mais do que badalado o estado presente do jornalismo em Portugal: os desafios, os riscos, as novas exigências, a fragilidade e precariedade do setor, a ética e o rigor profissionais. Num outro prisma, há ainda a interrogação sobre a (...)
Não há coincidências, assim como ganha especial dimensão a expressão e o conceito “não há almoços grátis”. Nas vésperas das eleições europeias de 9 de junho, houve duas intervenções públicas do Primeiro-ministro que, à data, terão passado despercebidas, ou pelo menos desvalorizadas, mas que à luz de alguns acontecimentos mais recentes adquirem novos contornos. Numa conferência, no Porto, a propósito das comemorações dos 136 do Jornal de Notícias, Luís (...)
Uma interessante (como sempre) publicação, hoje, de Luís Paixão Martins(uma das referências em comunicação política), na rede social “X”, sublinhava a fragilidade profissional com que os jornalistas encaram as intervenções do líder da extrema-direita portuguesa. Isto a propósito das declarações de André Ventura de repúdio pela escolha de António Costa para a presidência do (...)
Não tenho a certeza que o país necessite de uma reforma da Justiça, isto sem invalidar questões técnicas e do direito que não entram nesta equação. Mas uma coisa é certa, o que a Justiça menos precisava, neste momento era que o poder político (Presidente e Assembleia da República e Governo) e a sociedade estivessem mais entretidos com pacotes anticorrupção, sustentados na demagogia e populismo partidário para satisfação de eleitorado e de posicionamentos na (...)
Publicado na edição de hoje, 18 de março, do Diário de Aveiro (página 10) Teríamos que recuar mais de 40 anos para nos lembrarmos da última greve geral dos jornalistas (1982) que, por curiosidade ou, quem sabe, por destino, foi convocada em plena governação liderada por Francisco Pinto Balsemão. Coincidências. O dia 14 de março, volvidos 42 anos, não ficará na história marcado apenas (e isso seria, por si só, mais que suficiente) pela revolta e pelo grito de desespero e (...)
(capa do Diário de Notícias da edição de 20 de janeiro de 2024) Amanhã é dia de Greve Geral no jornalismo. Não sei se será assim tão geral como deveria ser e como seria expectável que fosse. Seria, de facto, se a solidariedade no setor fosse uma realidade e não uma utopia. Os jornalistas e a sociedade envolveram-se, e bem, na crise do JN, do Jogo e da (...)
No seguimento da decisão tomada por unanimidade no 5.º Congresso dos Jornalistas (18 a 21 de janeiro), o Sindicato dos Jornalistas convoca a Greve Geral para quinta-feira, 14 de março. Do pré-aviso de greve, de 28 de fevereiro: “A insegurança no emprego, os salários baixos praticados no setor, a falta de condições de trabalho e de segurança, representam um obstáculo grave ao desenvolvimento pleno da profissão de jornalista e constituem um entrave ao próprio direito dos (...)
(crédito da foto: Miguel A. Lopes / Lusa) Escusam de vir com a retórica do "chavão"... é um facto que muitos teimam em não querer aceitar e que outros tantos persistem em desvalorizar porque dá jeito a populismos e a determinadas narrativas. E por mais simples que seja a crítica e acusação fácil à qualidade do jornalismo e dos jornalistas, tantas vezes injustamente (mesmo que nem sempre), a verdade é que a democracia precisa de um jornalismo livre e consistente para (...)
Este foi o último dia do 5.º Congresso dos Jornalistas, reunidos em Lisboa desde quinta-feira, num momento em que se agudiza o que há alguns anos se vinha adivinhando: a sobrevivência da profissão e do exercício de um jornalismo livre; a sustentabilidade do setor; o afastamento da profissão em relação aos leitores, ouvintes e espetadores; os desafios da desinformação e da proliferação anárquica de meios de difusão de informação sem rigor, sem veracidade, sem escrutínio. (...)
Publicado na edição de hoje, 15 de janeiro, do Diário de Aveiro (página 10) 1. Quando o jornalismo enfrenta um contexto grave de crise, é a própria democracia que entra em crise. Sejamos claros: sem jornalistas não há jornalismo… sem jornalismo não há democracia. Esta é uma inquestionável realidade. E não se pense que os impactos de um jornalismo em crise apenas se compaginam com o encerramento de órgãos de comunicação social (que, infelizmente, ao longo da história da (...)
Publicado na edição de hoje, 18 de dezembro, do Diário de Aveiro (página 6) Há um princípio básico no jornalismo, mesmo que questionável e tantas vezes colocado em causa, que defende que o jornalista não é, nem deve ser, a notícia. E por “arrasto” o próprio jornalismo. Sendo o jornalismo (e, por óbvias razões, o jornalista) parte integrante da dinâmica da sociedade, em determinados contextos e circunstâncias, o jornalismo e o jornalista podem (e devem) ser a notícia. (...)
pela dignidade do jornalismo e dos jornalistas, pelo seu papel na democracia
mparaujo
Há alguns meses a TSF silenciava a sua voz durante um dia, como forma de protesto dos profissionais daquela rádio. Hoje é o Jornal de Notícias que não saiu para as bancas, pela primeira vez desde 1988 (há 35 anos), pelos mesmos objetivos: pelo JN (por extensão, pelo grupo da Global Média), pelo jornalismo e pelos leitores. E sem qualquer constrangimento, porque não, pelos próprios jornalistas. Até porque esta tem sido um luta transformada em movimento cívico #SomosJN (...)
(crédito da foto: Lusa, in RTP) João Galamba foi (e eventualmente é) o ministro mais mal-amado deste Governo. Alvo constante da oposição. Espinha cravada na garganta do Presidente da República, desde que lhe deu posse totalmente contrariado e a contragosto. Contra tudo e contra todos, António Costa indica-o como ministro e segura-o nas tempestades. Este processo do lítio - concessão de exploração de lítio nas minas do Romano (Montalegre) e do Barroso (Boticas) - dura há quase (...)
À comunicação social exige-se (e auto exige-se) rigor, transparência e independência para que a sua particular e principal função/missão possa ser cumprida: retratar a verdade dos factos. E, desta forma, contribuir para o fortalecimento da democracia e do "espaço público". Nestes princípios, cabe à comunicação social o papel escrutinador dos poderes públicos, nomeadamente os políticos, como forma de garantir o legítimo funcionamento de um Estado de Direito Democrático. Tu (...)
mas, infelizmente, são demasiados para que possamos ficar indiferentes.
mparaujo
Dos 30 artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, transcritos de forma parcial e resumida. Artigo 1.º - Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Artigo 2.º - (...) sem distinção alguma, nomeadamente de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou outra, origem nacional ou social, fortuna, nascimento ou outro estatuto. Artigo 3.º - Todas as pessoas têm direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. Artigo 4.º - (...)
«A Política sem risco é uma chatice e sem ética uma vergonha» - Francisco Sá Carneiro
mparaujo
"Preâmbulo"... Uma declaração off the record pressupõe uma aceitação de não divulgação de informação. Algo que não será tão linear e tão absoluto. Primeiro porque, para quem tem décadas de experiência política, declarações off the record são, muitas vezes, usadas para pressionar e condicionar. Segundo porque, mesmo parecendo contraditório (e não é), face ao teor das declarações e à sua importância ou relevância política podem (e devem) ser tornadas públicas. (...)
ser intolerante com a tolerância. Um texto contra o racismo e por um jornalismo com identidade.
mparaujo
Desde o final da semana passa e durante todos estes primeiros dias de junho, a morte do afro-americano George Floyd relegou para segundo plano a "cansável COVID-19". A agenda pública trouxe, infelizmente pelos piores motivos, a questão do racismo, alargado à xenofobia, à homofobia, à igualdade de género, aos migrantes e refugiados. Das várias leituras sobre a questão, há três contextos que me mereceram particular atenção: a existência (sempre houve) de racismo e xenofobia em (...)
mas infelizmente a realidade vivida no dia a dia por muitas pessoas (e são já demasiadas) e a falta de respostas sociais, médicas e económicas (já para não falar de uma total ausência de resposta cultural da sociedade) que são gritantes, apesar dos permanentes apelos, alertas e gritos de desespero. O Diário de Notícias, na sua (con)versão diária digital, na edição de hoje, traz à reflexão uma notícia sobre o que significa para muitas famílias cuidar de alguém, (...)
Da AMIZADE... Do RESPEITO... Da CONSIDERAÇÃO... Do EXEMPLO DE VIDA... ................................................. do coração. Joana Latino, com e sem "cenas", no "Alta Definição" de ontem, dia 9 de dezembro. (clicar na imagem para aceder ao programa completo)
Dois anos de idade separavam-nos... Cinco anos separam o dia em que o programa "Janela Indiscreta" da Antena 1, com a assinatura e mestria do Pedro Rolo Duarte, destacavam este blogue e um artigo publicado no Diário de Aveiro. Entre a surpresa e a modéstia do orgulho e da honra ficava, relevantemente, a consideração e o rspeito pelo profissional e pelo seu trabalho, algo que foi depois (...)