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Debaixo dos Arcos

Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.

19.Fev.24

Justiça para totós

ou um olhar da plebe sobre a Justiça

mparaujo
Publicado na edição de hoje, 19 de fevereiro, do Diário de Aveiro (pág. 6) Não se trata de mais um livro da coleção “Mais fácil é impossível. (…) para totós”. O que não invalida a sugestão para engrossar a diversidade das temáticas que são expostas, como as ciências (por exemplo, matemática), bem-estar, economia e gestão, línguas, informática, música, etc. A apropriação tem outro objetivo e finalidade: um olhar leigo sobre a Justiça e, mais uma vez (porque a (...)
29.Jan.24

Quo Vadis democracia e ética republicana?

mparaujo
Publicado na edição de hoje do Diário de Aveiro. Desde os longínquos tempos da philos e da polis da antiga Grécia, passando pelo período do Renascimento (por exemplo, recordando o Príncipe, de Maquiavel), até ao confronto dialético entre o sistema monárquico e o republicano, a ética foi sempre considerada a nobreza dos valores e princípios do espaço público, da gestão da coisa pública, da política e da democracia. Tendo como baliza temporal o ano de 1910, mais (...)
11.Dez.23

O maior risco para um Estado de Direito? A democracia.

mparaujo
Publicado na edição, de hoje (11DEZ2023), do Diário de Aveiro (página 15). Há cerca de 76 anos (novembro de 1947), Winston Churchill afirmava que "a democracia é a pior forma de governo, à exceção de todas as outras já experimentadas ao longo da história". Apesar de significativamente “gasta”, não deixa de ser uma das expressões de referência para justificar e defender a relevância da democracia, e das suas virtudes, em relação a outros sistemas políticos. Paradoxalm (...)
18.Jul.23

O choradinho da vitimização política

mparaujo
Sobre o mediatismo atual do caso que envolveu a atuação do Ministério Público com as buscas ao PSD, a Rui Rio e ao deputado social-democrata Hugo Carneiro (ex-assessor do Grupo Parlamentar do PSD), entre outros. Em causa, segundo comunicado da Polícia Judiciária, “está em causa a investigação à utilização de fundos de natureza pública, em contexto político-partidário, existindo suspeitas de eventual prática de crimes de peculato e abuso de poderes (crimes da (...)
16.Abr.23

Não é NÃO!

mais do que o alegado caso Boaventura Sousa Santos e o CES.

mparaujo
Sobre os denunciados casos de assédio sexual que envolvem o professor universitário Boaventura Sousa Santos e o Centro de Estudos Sociais, em Coimbra há demasiados contextos que não podem ser, depois de tudo o que algumas das mulheres passaram e disseram (mais uma vez, as Mulheres!!! - a lembrar Maria Botelho Moniz, por exemplo), ignorados ou marginalizados. 1. A (...)
15.Set.22

A culpa ardeu solteira (*)

ainda no rescaldo do ano trágico de 2017.

mparaujo
(fonte da imagem: Bom Dia Europa) O apuramento penal de eventuais responsabilidades pelo trágico acontecimento dos "incêndios de Pedrógão Grande", em 2017 - as 64 mortes (47 das quais na fatídica EN 236-1) e cerca de 200 feridos - teve, ontem, a sua derradeira sessão, no Tribunal de Leiria, que culminou com a absolvição dos 11 arguidos neste processo judicial (a saber: o comandante dos Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande, o presidente da Câmara Municipal de Figueiró dos (...)
04.Dez.21

A "fuga para a frente" de Eduardo Cabrita

perante o timing e a conjuntura actuais, um 'mais vale tarde que nunca' não colhe como justi

mparaujo
Abusando da famosa expressão do matemático, físico e filósofo da Idade Moderna, Blaise Pascal - "O coração tem razões, que a própria razão desconhece" - podemos dizer que, hoje, face à polémica que envolve o pedido de demissão por parte do ex-Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, "há razões que a própria razão desconhece". Perante o timing e a actual conjuntura política/governativa, o argumento "mais vale tarde que nunca" não colhe como sustentação para (...)
09.Mai.21

do "pronunciamento" da Justiça...

a pôr a escrita em dia... mesmo que com o devido atraso.

mparaujo
Há quem, e não apenas o seu autor, reforce a ideia de que a Operação Marquês (caso José Sócrates) "Ainda agora começou", apesar do processo ter já a "proveta" idade de 7 anos (2014). Bem verdade... de facto, muito ainda haverá por narrar e constatar neste processo: recursos, julgamento, mais recursos, até ao definitivo "transitado em julgado". Mas sobre o que assistimos, muitos em directo, durante cerca de 3 horas, no dia 9 de abril (há um mês), importa destacar: Primeira premissa Desde 2014, quando rebentou na praça pública todo o processo da Operação Marquês, nomeadamente com a detenção, em directo, no aeroporto, do ex Primeiro-ministro português, José Sócrates, que não teci, publicamente, qualquer tipo de (...)
19.Dez.20

O Natal quando nasce não é para todos...

mas, por tradição, ao menos que seja para TODAS as Crianças.

mparaujo
É um facto que, por força do exercício de determinadas profissões, há quem não tenha um Natal em família, privando, por exemplo, crianças da companhia da mãe ou do pai, quando a maioria se senta à mesa, faz a festa e desembrulha os presentes (em situações de normalidade, entenda-se). Até mesmo o Governo entende (de forma completamente surreal, displicente, incoerente e NEGLIGENTE, diga-se) que o vírus SARS-CoV2 tem uma maior "compaixão humana" no Natal do que no virar do ano. Al (...)
19.Ago.20

Vale a pena pensar nisto #08

um caso que fosse.. era demasiado.

mparaujo
(créditos da foto: António Pedro Santos / Agência LUSA) Desde o dia 1 de janeiro até ao dia 15 de agosto, Portugal registou 20 casos de mulheres assassinadas, dos quais 10 em contexto de violência doméstica, e 25 tentativas de femicídio. Importa ainda destacar, dos dados apresentados pelo Observatório das Mulheres Assassinadas (OMA), da UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta) que a maioria das tentativas de femicídio ocorreram já em plena fase de desconfinamento, entre (...)
17.Jun.20

caso Maddie: 13 anos depois

uma mão cheia de nada e um novo "déjá vu"

mparaujo
(imagem Netflix) Algarve, 3 de maio de 2007. Há 13 anos desaparecia de um apartamento na Praia da Luz, perto de Lagos, uma criança inglesa com 4 anos: Madeleine McCann (Maddie). Após a constituição dos pais, Kate e Gerry McCann, como arguidos no início do processo e da investigação, várias foram as hipóteses, teorias e teses, e longa a lista de suspeitos. Assim como não deixa de ser curioso o envolvimento tão premente do governo inglês e o dinheiro envolvido em todos os (...)
07.Jun.20

A propósito do racismo, entre outros

ser intolerante com a tolerância. Um texto contra o racismo e por um jornalismo com identidade.

mparaujo
Desde o final da semana passa e durante todos estes primeiros dias de junho, a morte do afro-americano George Floyd relegou para segundo plano a "cansável COVID-19". A agenda pública trouxe, infelizmente pelos piores motivos, a questão do racismo, alargado à xenofobia, à homofobia, à igualdade de género, aos migrantes e refugiados. Das várias leituras sobre a questão, há três contextos que me mereceram particular atenção: a existência (sempre houve) de racismo e xenofobia em (...)
09.Nov.19

A importância da liberdade para a democracia

mparaujo
(créditos da foto: ricardo stuckert, in viomundo) Já há algum tempo que a probabilidade ganhava contornos reais e concretizáveis... após 20 meses de cativeiro, Lula da Silva, ex-presidente do Brasil, foi, ontem, libertado após o Supremo Tribunal Federal brasileiro (STF) ter decidido anular a decisão de prisão, em abril de 2018, do Tribunal de segunda instância. Neste processo, há 3 ou 4 pressupostos que importa referir. 1. Não tenho qualquer afinidade ideológica com o Partido (...)
05.Mar.19

O dito pelo (não) dito... (4)

mparaujo
ou, de outra forma: "nem uma coisa, nem outra... antes pelo contrário". Desbloqueador de frases públicas (as frases da semana e alguns dias mais...). Nota prévia... O Bloco de Esquerda comemorou, no dia 1 de março, 20 anos de existência. PSR, ex MDP/CDE (Política XXI) e UDP, juntando quatro mentores (Francisco Louçã, Miguel Portas, Fernando Rosas e Luís Fazenda, formaram o novo partido "à esquerdas das esquerdas" que agregou vontades e conceitos. Diga-se com três (...)
02.Fev.19

O dito pelo (não) dito... (3)

mparaujo
ou, de outra forma: "nem uma coisa, nem outra... antes pelo contrário". Desbloqueador de frases públicas (as frases da semana). “Deus quis que Donald Trump fosse presidente”, garante Sarah Huckabee Sanders (responsável pela gestão da Imprensa na Casa Branca). É por estas (não) por outras que cresce o número de descrentes e ateus. Como crente, acho que Deus tem muito mais trabalho e que fazer do que eleger presidentes evangélicos.PCP aponta promiscuidade político-económica (...)
23.Set.18

da politização das opções

mparaujo
A politização das opções tomadas na gestão ou governação em determinados sectores, que se esperam blindados a determinadas influências ou pressões e baluartes da independência, comporta riscos acrescidos numa eventual responsabilização futura. António Costa e, por decisão última e final, Marcelo Rebelo de Sousa, optaram por substituir a liderança da Procuradoria Geral da República, não reconduzindo Joana Marques Vidal e nomeando para o cargo Lucília Gago. Vamo-nos (...)
08.Set.18

Sai ou não sai... o "tabu" da justiça

mparaujo
Há cerca de oito meses a ministra da Justiça cometeu uma gaffe (não tão leviana ou descuidada como se possa imaginar) imprudente: Francisca Van Dunem expressava a sua opinião quanto a um mandato único na Procuradoria Geral da República. Desde essa altura, amiúde, o tema tem vindo para o debate público, com especial incidência nos últimos tempos, agora que se aproxima o mês da decisão (outubro). Decisão essa que caberá ao Presidente da República por indicação do Governo. (...)
06.Mai.18

Mais do que a vergonha... fica o espanto.

mparaujo
2 de maio de 2018 - rebenta a bomba. Um conjunto (significativo) de principais figuras do Partido Socialista e do Governo, após a divulgação de eventual caso de corrupção envolvendo o ex-ministro da Economia, Manuel Pinho, vieram a público demonstrar Vergonha pelo impacto político dos casos José Sócrates e Manuel Pinho (curiosamente esquecendo outros como Armando Vara, por exemplo). As afirmações foram verdadeiramente surpreendentes e, simultaneamente, bem claras e específicas. (...)
24.Dez.17

Neste Natal NÃO ADOPTO ESTE SILÊNCIO

mparaujo
O Natal é, independentemente das crenças e credos, a Festa da Família, por excelência. Enquanto nos perdemos na azáfama de saco, embrulhos e laços... Enquanto nos perdemos na ansiedade da prenda tão esperada... Enquanto preparamos as rabanadas, os filhós e o bacalhau... Há quem tenha perdido a família pela estupidez da guerra... pelo infortúnio do destino... pela ganância... pela fome... pelo tráfico humano... pelos incêndios e pela reacção da natureza... Há quem tenha (...)
13.Out.17

Depressa e bem há pouco quem...

mparaujo
Há dois dias o Presidente da República defendia publicamente a necessidade da justiça ser mais rápida, ter mecanismos mais céleres. Tenho, pessoalmente, uma visão distinta. Percebo o mediatismo e a velocidade que faz mover a comunicação social num tempo em que a notícia e a informação têm um período de "vida" efémero e volátil. Percebo que numa relação directa com a justiça quem tenha, pelas mais distintas razões e pelos mais diferenciados contextos e motivos, que (...)