Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.
Só o PSD (e, provavelmente, a sua “empresa” de comunicação) é que ainda não percebeu que a narrativa do “passa culpas” ou da desresponsabilização pela crise política, já não surte qualquer efeito, nem motiva qualquer empatia nos portugueses. Estrategicamente mal, arriscaram sem ponderar consequências, numa clara presunção de superioridade e desvalorização do contexto e da realidade… tomaram tarde a consciência do erro e perderam. Não há outra dimensão na atual (...)
(Fonte imagem: RTP) Artigo de opinião publicado, hoje, na RIA - Rádio Universitária de Aveiro A crise política resultante da rejeição, ontem, na Assembleia da República da Moção de Confiança (votos a favor do PSD, CDS e IL - votos contra PS, BE, Livre, PCP, PAN e Chega) que culminará, muito provavelmente com eleições em maio (mesmo sendo (...)
(crédito: Tiago Petinga / Lusa, in Expresso) Sem pretender entrar em prévias apreciações sobre os impactos da Moção de Confiança que será, provavelmente, apresentada na próxima terça-feira, porque até à fase da votação (se esta acontecer) tudo é politicamente expectável. Portanto, antecipar cenários é estar a discorrer sobre meros contextos hipotéticos. Mas há uma afirmação que tem sido, por repetidas vezes, proferida nas análises que são feitas e que merece (...)
Sobram páginas e páginas (e mesmo assim, serão sempre poucas) com a descrição dos comportamentos deploráveis no Parlamento, ou melhor, na Casa da Democracia (símbolo mais alto do Estado de Direito democrático) da bancada da extrema-direita portuguesa que, independentemente do distanciamento ideológico (que é abissal e não mensurável), deveria ser exemplo da ética e dos valores da política e da democracia. Como se isso não bastasse, como raramente basta a esse partido no que (...)
(origem da foto: vídeo do encerramento do 42.º congresso do PSD, in RTP) Face à realidade polvorosa, importa mais a serenidade pública do que atiçar a conflitualidade (como alguns - os do costume - que deveriam ter responsabilidades públicas acrescidas e não se contêm na boçalidade e no populismo). Mas também sobre cidadania, poder, direitos e liberdades, regressemos ao encerramento do Congresso do PSD, que decorreu em Braga, há cerca de uma semana. O anúncio de Pedro Nuno (...)
a escolha do governo da nação do nome de Maria Luís Albuquerque para Comissária Europeia
mparaujo
(fonte da foto: página oficial do Governo da República Portuguesa, rede social facebook) A escolha do nome de Maria Luís Albuquerque, ex-ministra das Finanças entre julho de 2013 (sucedendo a Vítor Gaspar / Troika) e novembro de 2015 (queda do governo PaF, de Passos Coelho), independentemente dos elogios e aplausos e apesar das críticas e contestações, foi, para ambos os lados, uma surpresa. Primeiro porque não tem qualquer experiência política europeia e, segundo, porque fez (...)
(crédito da foto: Diogo Ventura / Observador) Pedro Nuno Santos e o PS têm referido, por diversas vezes, a arrogância com que o Governo e, concretamente, o Primeiro-ministro (porque quanto ao líder parlamentar do PSD já há anos que estamos conversados) têm demonstrado no exercício do mandato. E bem, diga-se. Mas, infelizmente para a política, para a democracia e, principalmente, para os portugueses e o país, as atitudes partidarizadas e a leviandade da ação governativa (...)
(créditos das fotos: Paulo Spranger e Reinaldo Rodigues / Global Imagens. Fonte: DN) A direita, nomeadamente as hostes do PSD (e, nomeadamente os hustlers ou os bots das redes sociais) de forma hipócrita e desonestas, tem tentado disfarçar o incómodo interno que gerou a escolha do PSD do seu cabeça de lista às eleições Europeias. Mas disfarçam mal. A DESONESTIDADE POLÍTICA As críticas e a demagogia balofa recaíram sobre as opções do PS para os três primeiros lugares da (...)
publicado na edição de hoje, 22 de abril, do Diário de Aveiro (página 6) Por mais argumentos que se queiram atirar para a fogueira da discussão, a verdade é que a democracia e a política sofreram um golpe palaciano em novembro de 2023 e um engodo eleitoralista que não culminou a 10 de março de 2024, bem pelo contrário. 1. O Ministério Público emite um comunicado sobre um processo de investigação. Na sequência demite-se o Ministro das Infraestruturas, após quatro anos (...)
Pedro Passos Coelho, em nova aparição (para quem queria passar despercebido é demasiado espaço mediático usado) voltou a gerar polémica e frisson no espaço público político. Há dois dias, 15 de abril, o ex-Primeiro Ministro (um dos piores da história política destes 50 anos de democracia) esteve, na Rádio Observador, no programa “Eu estive lá” à conversa com Maria João Avillez (que tem uns critérios editoriais muito peculiares, para ser soft). A determinada altura há (...)
Deixemos a primeira prioridade governativa para uma análise seguinte e o discurso demagogicamente minimalista da Tomada de Posse para a crónica semanal, segunda-feira, no Diário de Aveiro. Centremo-nos, apesar dos considerandos, precisamente no dia da Tomada de Posse do XXIV Governo Constitucional. Há dois acontecimentos que marcam a agenda e que não são mera coincidência. Antes pelo contrário… são de uma simultaneidade significativa. 1. Precisamente na véspera da tomada de (...)
O que temos assistido nesta última semana é que o aparecimento de determinadas figuras públicas e políticas no palco mediático tem gerado, na opinião pública, um conjunto de circunstâncias e realidades que trazem para o espaço público o avivar da memória de uma má experiência coletiva para os portugueses. O que tem, ainda, provocado um conjunto de “zig-zagues” discursivos e permanentes alterações de retórica que o cavam desconfiança, indiferença e repulsa, para além (...)
(crédito da imagem: Nelson Garrido, in jornal Público) A alterações climáticas e a crise energética são questões verdadeiramente preocupantes e importantes nos tempos de hoje. Já o eram a alguns anos e com a evolução do contexto a realidade tornou-se um problema premente. De tal forma que há um conjunto de instituições, como a ONU, a União Europeia, o Papa Francisco que têm como bandeira e medidas estratégicas o combate às alterações climáticas e a descarbonização (...)
(desconhece-se a fonte/origem da imagem... corre "viral" nas redes sociais) É certo que faltam mais de duas semanas para a decisão final e essa caberá sempre, e em última instância, à vontade livre, democrática e expressa de cada cidadão. Também é certo que a fórmula e a estrutura do ciclo de debates que foram promovidos na televisão deixam algumas reservas, assim como deixam algumas reservas métodos avaliativos, como, por exemplo, o surrealismo do "pulsómetro", essa bitola (...)
Adjetivar o PS e Pedro Nuno Santos de "radicais" ao lado (ou comparando) deste PSD extremado e radicalizado é o mesmo que chamar-lhes "meninos de coro". Esta já tinha sido a retórica usada em 2015 quando o PSD acusou António Costa de radical. Volta a ser a mesma argumentação (face à notória falta de outra) que o PSD usa, em 2023/2024, para criticar Pedro Nuno e o PS, pretendendo com isso denegrir o período da geringonça que, curiosamente e contra-ciclo, a maioria dos portugueses (...)
vale tudo, mesmo a falta de ética política, para agarrar o poder.
mparaujo
(fonte da foto: Funchal Notícias) Os factos, pela ótica e realidade crua dos números, são mais que claros e óbvias. A coligação... repito, porque não é um contexto displicente... a COLIGAÇÃO "Somos Madeira" (PPD/PSD . CDS-PP) venceu as eleições regionais realizadas no passado domingo: 58.399 votos (43,13% dos votos expressos). Em termos de representação na Assembleia Regional, a coligação PSD/CDS obteve 23 lugares, PS 11, Juntos Pelo Povo 5, CHEGA 4, PCP, IL, PAN e BE 1 (...)
(fonte da foto: in postal.pt) O cata-vento orienta a sua posições em função da direção do vento. É, por isso, um objeto/instrumento sem "vontade própria", inconstante na sua posição determinada pelo sabor do vento (conforme sopra, intensidade ou direção do momento). Não poderíamos encontrar, na política de hoje, melhor metáfora ou paralelismo entre o cata-vento e a liderança do PSD. Há cerca de duas semanas, perante as mais diversas trapalhadas e polémicas no Governo (...)
a literacia financeira dos portugueses é mais alta do que muitos pensam ou querem fazer crer
mparaujo
Esta ideia de que os portugueses são económica e financeiramente ileteratos e que qualquer bonito 'soundbite' leva ao engodo, é, acima de tudo, de um provincianismo bacoco e de uma demagogia política do pior do populismo. Aos portugueses, aos que não são da área, obviamente, pouco lhes interessa conceções e princípios técnicos e académicos. Mas muito menos, interessam os populismos político-partidários. Aos portugueses, o que interessa são os efeitos e impactos que as (...)
o novo «compromisso» deste «novo» PSD a viver de saudosismo.
mparaujo
O longo, repetitivo e cansativo discurso de Luís Montenegro, no encerramento do 40.º Congresso do PSD, deixou claro no que o partido se tornará com esta nova liderança: saudosista e 'plagiador' de um passado não muito distante (mas perfeitamente dispensável); focado na conflitualidade política e na quezília populista, em vez de centrado nas exigências e nos desafios do país (transformado, à semelhança da esquerda radical, num partido de protesto); indefinido quanto ao seu (...)
A maior, se não praticamente a única, crítica à liderança de Rui Rio nos destinos do PSD era a de falta de assertividade e de subserviência ao PS (entenda-se, António Costa). Pois bem... quis o destino (o mau destino) alterar o rumo do poder no partido dando-lhe novo timoneiro, para além de lhe retirar o centro e a social-democracia. E à quarta (ou quinta, vigésima ou centésima, sei lá) vez, Luís Montenegro foi eleito presidente, num das mais baixas taxas de participação (...)