Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.
(crédito da foto: José Sena Goulão/Lusa, in Jornal Económico) O Orçamento do Estado, na sua especificidade, é um instrumento provisional/previsional da aplicação das finanças públicas nas várias áreas de intervenção do Estado, gerindo, com imperativo legal, a aplicação das receitas em função das despesas previsíveis. Mas é, também, muito mais do que um plano financeiro e contabilístico. Na sua base, estruturação e gestão está implícita a vertente política: a da (...)
(crédito da foto: Diogo Ventura / Observador) Pedro Nuno Santos e o PS têm referido, por diversas vezes, a arrogância com que o Governo e, concretamente, o Primeiro-ministro (porque quanto ao líder parlamentar do PSD já há anos que estamos conversados) têm demonstrado no exercício do mandato. E bem, diga-se. Mas, infelizmente para a política, para a democracia e, principalmente, para os portugueses e o país, as atitudes partidarizadas e a leviandade da ação governativa (...)
Apesar de alguma esperança numa alteração do ciclo governativo e político no Arquipélago da Madeira, a verdade é que os resultados eleitorais as Eleições Regionais deste domingo não são, na sua globalidade, surpreendentes. A surpresa mais relevante é, face à aritmética política, a possibilidade de voltar a haver eleições com o chumbo do Pograma do Governo, que será apresentado na Assembleia Legislativa Regional e que tem carácter vinculativo para que o Governo assuma a (...)
Se é um facto que o Presidente da República empossou o XXIV Governo Constitucional no dia 2 de abril e os Secretários de Estado no dia 5 do mesmo mês, a verdade é que podemos tomar como baliza o arranque das funções governativas no dia 12 de abril, data em que terminou, na Assembleia da República, a discussão, apreciação e “aprovação” do Program (...)
A propósito da aprovação, na generalidade, da proposta de Orçamento do Estado para 2024, assim vai a oposição política nacional. Ou melhor... para o bem do país e dos portugueses, a direita continua a estender a passadeira ao PS e a esquerda mantém-se saudosista do tempo (ainda bem recente) da "geringonça" que ajudou a fazer cair por responsabilidade própria. Percebe-se a bondade das propostas contidas no OE2024 pela preocupação presente com as pessoas, as famílias, os mais (...)
em matéria do debate do Estado da Nação, António Costa viu a prova superada, com distinção.
mparaujo
(crédito da imagem: Tiago Petinga / Lusa, in Sic Notícias) Durante e após o debate do Estado da Nação, na passada quinta-feira, a expressão "estado de negação" foi, por diversas (muitas) vezes, repetida e recorrentemente usada pela oposição (concretamente à direita/PSD) como crítica a António Costa, ao Governo e ao PS. Nada mais demagogo e populista, sem qualquer impacto nos eleitores, mantendo a imagem que os portugueses têm de uma oposição incapaz de ter ou ser (...)
(fonte da foto: in postal.pt) O cata-vento orienta a sua posições em função da direção do vento. É, por isso, um objeto/instrumento sem "vontade própria", inconstante na sua posição determinada pelo sabor do vento (conforme sopra, intensidade ou direção do momento). Não poderíamos encontrar, na política de hoje, melhor metáfora ou paralelismo entre o cata-vento e a liderança do PSD. Há cerca de duas semanas, perante as mais diversas trapalhadas e polémicas no Governo (...)
Ainda a propósito da continuidade do Minsitro das Infraestruturas e Habitação do XXIII Governo Constitucional da República Portuguesa, Pedro Nuno Santos. Mantém-se a "frustração", mais ou menos pública, daqueles que viram defraudas as suas expectativas quanto à tão desejada crise governativa por causa do despacho dos dois aeroportos. Aliás, deveria ter sido sobre esta questão que a opinião pública e política se deveria ter debruçado, mais do que saber se o Ministro foi (...)
Nem só de votos, de percentagens e de mandatos (sobre)vive um acto eleitoral. Há, em cada resultado, consequências político-partidárias, com manifesto impacto dos resultados negativos ou menos positivos. Analisados os primeiros, surgem, agora, os efeitos colaterais das derrotas eleitorais. De forma breve... 1. Comecemos pelo PSD, por uma questão de proximidade e de afinidade. O problema do PSD não está, de todo, (nem esteve) em Rui Rio. Aliás, como refere (neste caso) bem João (...)
Há uma vontade enorme de gritar BASTA… para não dizer “Chega” que, na conjuntura actual, pode ser foneticamente mal interpretado (ou pessimamente interpretado). Os factos… a noite/madrugada do passado domingo revelou algo inquestionável, algo que nem Rui Rio colocou em causa: o PSD perdeu as eleições legislativas 2019. Não há qualquer dúvida: o PSD obteve 27,9% dos votos expressos e o PS 36,65% (falta apenas contabilizar os votos da emigração). Importa, no entanto, ler, (...)
Não é "todos os dias" que na história da política portuguesa um líder de um partido é motivo de tanto "amor e ódio", de tanto "ciúme político". Mas a verdade é que Rui Rio, desde o anúncio da sua candidatura à liderança do PSD e consequente vitória para a presidência do partido, tem sido, em todo o universo político nacional, motivo das mais diversificadas manifestações (públicas e privadas/secretas) de ansiedade, apreensão, preocupação e receio político-partidário. No (...)
Dois meses passados sobre a tragédia de Pedrógão Grande e do Pinhal Interior o inferno dos fogos não tem dado tréguas às populações e a diversas comunidades. Aliás... tem sido verdadeiramente devastador. Desculpem-me os meus amigos fotojornalistas e fotógrafos... mas esta imagem (que tem a assinatura de Lucília Domingues (que desconheço, deparei-me com a foto no mural da jornalista Rosa Veloso) espelha de forma perfeita a realidade do flagelo dos incêndios desta ano da graça (...)
publicado na edição de hoje, 16 de agosto, do Diário de Aveiro. Debaixo dos Arcos Para além do horizonte político Não há memória de uma silly season tão pouco politicamente sillycomo este período de férias político-partidárias deste ano. Em parte devido ao período eleitoral autárquico que se aproxima e que há mais de um ano tem vindo, a espaços, a animar as hostes político-partidárias, não só locais, como, em alguns casos, ampliadas, que mais não seja pelas (...)
Já vão meses e meses a fio da mesma conversa mas não há, porque há quem teime em forçar as situações, como fugir da realidade. É deveras importante para a sobrevivência do partido que Pedro Passos Coelho se mentalize, de vez, de duas coisas: 1. apesar de ter ganho as eleições, apesar de ser mais que óbvio o objectivo do BE e do PCP, a verdade é que a solução governativa com o apoio parlamentar, criticável, é democraticamente legítima. Ponto. Há que fazer o "luto (...)
Quase duas dezenas de mortos só no dia das eleições venezuelanas. Em quatro meses (desde o dia 1 de abril) já morreram mais de cem pessoas nos protestos anti-governamentais na Venezuela. Execuções sumárias, como a do jornalista José Daniel Sequera, do diário El Nuevo País, crítico da governação de Nicolás Maduro e encontrado morto esta manhã. Os dois líderes da oposição a Nicolás Maduro, Leopoldo López (Vontade Popular) e Antonio Ladezma (Aliança Bravo Povo), foram (...)
publicado na edição de hoje, 16 de julho, do Diário de Aveiro. Debaixo dos Arcos Obviamente… demita-se o défice O cumprimento, nos últimos anos, das metas do défice impostas pelas regras europeias; a perspectiva de Portugal poder cumprir, neste ano de 2017, mais um objectivo no controle das contas públicas; a anunciada saída do país do Procedimento por Défice Excessivo; são, obviamente, excelentes notícias apesar das dúvidas no que respeita às cativações, ao aumento da (...)
A questão ultrapassa em muito o contexto da ausência de coerência, da ausência de consistência, da ausência de estratégia, do inusitado. É mesmo pela óbvia estratégia predefinida, do propositado, do previsto e planeado, da falta de ética política, de uma demagogia retórica e pseudo ideológica, o completo abandono dos princípios programáticos. Mais ainda... é brincar à política com os portugueses, nomeadamente com o voto do eleitorado (embora isso caiba ao próprio (...)
publicado na edição de hoje, 24 de maio, do Diário de Aveiro. Debaixo dos Arcos A partidarite e a política Esta semana teve um início verdadeiramente importante para Portugal e para a consolidação das suas contas públicas. A segunda-feira ficou marcada pela proposta de recomendação da Comissão Europeia para a retirada de Portugal do Procedimento por Défice Excessivo. Após dois incumprimentos das metas do défice acima dos 3% estabelecidas pelos sucessivos PEC’s (2001 com (...)
publicado na edição de hoje, 27 de novembro, do Diário de Aveiro. Debaixo dos Arcos Nem torceu, nem quebrou Importa referenciar dois factos da realidade política para enquadrar a reflexão que se adopta. Primeiro, regista-se, nesta altura, o primeiro ano de governação do Partido Socialista, com o apoio parlamentar acordado (...)
publicado na edição de ontem, 5 de outubro, do Diário de Aveiro. Debaixo dos Arcos Um ano após as eleições Ontem, há 365 dias, foi dia de eleições legislativas (4 de outubro de 2015). Apesar da vitória registada nos votos expressos dos portugueses (mantendo-se, infelizmente, a abstenção como o “maior partido eleitoral”) PSD e CDS não (...)