Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.
Andamos distraídos ou entretidos com malas ‘arrudadas’ de aeroportos para S. Bento; com o ‘trucidar’ de putativos a putativos candidatos presidenciais (acompanhados de hipotéticas sondagens); com “pens” misteriosamente descobertas em catacumbas dos gabinetes do Parlamento (coincidentemente divulgadas no preciso momento da excelente entrevista de António Costa sobre política europeia e o estado de alma do mundo); entre incoerências ideológicas partidárias de (...)
Normalmente, quer pela longevidade, quer pelo valor de uma pedra preciosa como o diamante, 75 anos são, ou deveriam ser, um momento de festa e celebração. A 10 de dezembro de 1948, a Organização das Nações Unidas (fundada em outubro de 1945) adotava a carta com a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Curiosamente (face à realidade que hoje vivemos), a Declaração surge no rescaldo do impacto internacional dos efeitos da Segunda Guerra Mundial, como base para os alicerces (...)
Mais de 2 milhões de pessoas em risco de pobreza é um número, para além de alto, assustador e preocupante. Mas quando se perspetiva um Orçamento de Estado com uma clara e evidente preocupação social (o maior aumento de sempre do Salário Mínimo, alteração de IRS, Mais Habitação, reforço dos Apoios Sociais, aumento dos Salários e Reformas, apoio aos Jovens, entre outros) e depois de apresentado um objetivo ambicioso e exigente, através da Estratégia Nacional de Combate à (...)
comparar o incomparável por mera desonestidade política e populismo.
mparaujo
A notícia surgiu na edição do Jornal de Notícias de ontem (1 de março). Independentemente da factualidade do título ("Nem com a troika se cortou tanto na alimentação"), a desonestidade política e intelectual com que grande parte do universo 'laranja' saiu a terreiro para defender (o indefensável) o seu sebastianismo partidário e criticar o (...)
Hoje, é notícia de destaque, quer na imprensa nacional, quer na internacional, bem como na comunicação da ONU, o facto da população mundial ter chegado (e, neste momento, ultrapassado) aos 8 mil milhões de habitantes. Para a Diretora Executiva do Fundo de População da ONU (UNFPA), Natalia Kanem, o nascimento do bebé 8.000.000.000 "é um momento para comemorar, pois reflete um mundo com maior esperança média de vida, menos mortes maternas e infantis e sistemas de saúde cada (...)
a literacia financeira dos portugueses é mais alta do que muitos pensam ou querem fazer crer
mparaujo
Esta ideia de que os portugueses são económica e financeiramente ileteratos e que qualquer bonito 'soundbite' leva ao engodo, é, acima de tudo, de um provincianismo bacoco e de uma demagogia política do pior do populismo. Aos portugueses, aos que não são da área, obviamente, pouco lhes interessa conceções e princípios técnicos e académicos. Mas muito menos, interessam os populismos político-partidários. Aos portugueses, o que interessa são os efeitos e impactos que as (...)
mas, infelizmente, são demasiados para que possamos ficar indiferentes.
mparaujo
Dos 30 artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, transcritos de forma parcial e resumida. Artigo 1.º - Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Artigo 2.º - (...) sem distinção alguma, nomeadamente de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou outra, origem nacional ou social, fortuna, nascimento ou outro estatuto. Artigo 3.º - Todas as pessoas têm direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. Artigo 4.º - (...)
as realidades que passam para o fim da lista da agenda pública
mparaujo
Há mais vida para além da COVID-19, para além das vagas, para além das estatísticas, para além das vacinas e das guerras das farmacêuticas. Se as orientações e regras necessárias para a mitigação da pandemia merecem o nosso especial cuidado para regressarmos o mais rápido possível à tão desejada normalidade (se é que alguma vez a voltaremos a ter, tal como a conhecíamos até março de 2020), o excessivo foco e centralidade do nosso quotidiano na COVID-19 faz com que os (...)
ou outros números e realidades esquecidas da COVID-19
mparaujo
É tido como facto. O SARS-Cov2 enquanto problema grave de saúde pública e a sua propagação pandémica (as infecções e os contágios, os internamentos e, infelizmente, os demasiados óbitos); a ciência e o esforço recorde para a descoberta e validação de uma vacina(s); a saturação do SNS e o esforço heróico, ininterrupto, dos profissionais de saúde (entre outras profissões que mantiveram alguma normalidade nas nossas vidas, nas nossas rotinas e na sociedade: segurança (...)
como a pandemia reforça a importância do Combate e Erradicação da Pobreza...
mparaujo
Hoje, 17 de outubro, é "Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza", decretado pela ONU em 1992. No entanto, a origem deste alerta mundial para a defesa dos mais pobres e desfavorecidos já tinha tido o seu ponto alto, em 1987, quando cerca de 100.000 pessoas se reuniram na "Praça dos Direitos Humanos e Liberdades" no Trocadéro, em Paris, para homenagear as vítimas da pobreza, fome, violência e do medo a propósito da inauguração de uma pedra que homenageou o Padre Joseph (...)
Ciclicamente o verão ou as férias políticas de verão são marcadas pela chamada silly season, período (a)normalmente preenchido com faitdivers que apenas servem para ocupar o tempo "morto" e "morno" das férias. Este ano é excepção à regra: a tragédia de Pedrogão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra, à qual se junta o recente incêndio de Mação; o roubo de armamento de Tancos; a Caixa Geral de Depósitos; a crise na Venezuela; as viagens, as várias viagens; a (...)
publicado na edição de hoje, 11 de junho, do Diário de Aveiro. Debaixo dos Arcos A realidade que nos trama Não vale a pena renegar o óbvio. Os dados são o que são e confirmam os factos. Portugal baixou significativamente o défice das contas públicas, para muitos inesperadamente, fixando o valor em 2,1%, tendo sido revisto em baixa pelo INE para os 2% (recordemos que esse valor em 2010 situava-se acima dos 11% e o Governo aponta para que o défice de 2017 ronde os 1,6%); o ano de (...)
publicado na edição de hoje, 23 de dezembro, do Diário de Aveiro. Debaixo dos Arcos Um Natal bem pobre Chegados a dezembro e ao período natalício, paralelamente à azáfama consumista do Natal, existe nesta época um significativo aumento de causas solidários e de apelos para o envolvimento dos cidadãos com as mesmas. Infelizmente, há, por (...)
Já aqui faleisobre o que entendo serem os perigos da retórica política ao usarem (os partidos, nomeadamente PSD e PS), como arma eleitoralistas, os dados do desemprego/emprego (embora o assunto não pareça minimamente esgotado, antes (...)
Com a aproximação do fim-de-semana, acrescido do augúrio de tempo incerto e instável, importa aproveitar a deixa da ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, sobre a importância das almofadas e meditar sobre o assunto, para que a memória não seja curta. É já daqui a cerca de dois meses e meio que se regista o primeiro "aniversário" do fim (...)
publicado na edição de hoje, 8 de fevereiro, do Diário de Aveiro.
Debaixo dos Arcos Da dignidade da vida e da pessoa
Os últimos dias têm trazido à consciência colectiva duas realidades sobre a vida. A primeira, mais recente, tem a ver com os acontecimentos que vitimaram uma doente com Hepatite C e a questão do tratamento com o medicamento Sofosbuvir, da farmacêutica norte-americana Gilead. A questão só por si, e em si mesma, é complexa, seja do ponto de vista técnico (...)
publicado na edição de ontem, 14 de dezembro, do Diário de Aveiro.
Debaixo dos Arcos Muito para além dos números
Eis-nos entrados no mês de dezembro. Não é só o frio que impera, o Natal que se aproxima, o fim de mais um ano. É também o mês da proliferação (excessiva, diga-se) dos jantares de natal; os dos amigos e os das empresas. Há também os jantares promovidos por muitas associações e instituições que aproveitam estes eventos para associarem aos mesmos algumas (...)
No dia em que se discute, na generalidade, a proposta do Orçamento de Estado para 2015 importa olhar para fora das folhas financeiras que suportam tecnicamente o documento. Podemos mesmo dizer, sem qualquer tipo de incómodo e sem a pretensão de desviarmos a atenção que o OE2015 merece, antes pelo contrário, que “há mais vida para além do (...)
A ler os outros... Andrea Diegues. Pela partilha fui dar de caras com este texto e este testemunho (por razões profissionais) da Andrea. Dei de caras... engoli em seco... contive o nó na garganta... e fiquei em silêncio. E um silêncio que incomoda cá dentro. E muito. Sim... porque às vezes o silêncio também compromete, também solidariza, também expressa. Mas também incomoda e tira-nos do (...)