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Debaixo dos Arcos

Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.

10.Fev.25

Make democracy and politics great again (*)

mparaujo
(*) Tornar a democracia e a política novamente grandes. (créditos: Banksy Art Gallery) Ao longo das 750 crónicas já publicadas, foram várias as reflexões sobre o valor da democracia e da política. Nos últimos tempos com maior apreensão, mas nunca, como agora, com a acrescida preocupação quanto ao presente e futuro da solidez e estabilidade da democracia. 1. Não bastava o mundo, essencialmente a partir de 2001, ter-se tornado, progressivamente, demasiado perigoso, agravado (...)
27.Jan.25

Manifestação “extemporânea” de interesse

mparaujo
(crédito: Tiago Miranda - jornal Expresso) A entrevista de Pedro Nuno Santos ao jornal Expresso, em que fala sobre imigração, é um retrocesso no discurso socialista? Não. As afirmações sobre a “manifestação de interesse” ou a regulação da imigração são inoportunas e extemporâneas? São. A entrevista publicada neste dia 23 é uma aproximação às posições que o atual Governo tem tido sobre matéria migratória? Não, de todo. E em relação à narrativa da direita e (...)
27.Jan.25

O harakiri da democracia

o mundo ainda consegue ficar pior...

mparaujo
(fonte: Reuters) O pior dos sistemas políticos, excluindo todos os outros, tem esta trágica versatilidade de se robustecer e reforçar, e, simultaneamente, de se autodestruir e suicidar. No início deste século XXI (em 2001), a propósito dos ataques de 11 de setembro, colocava-se, amiúde, a questão se o mundo estaria ou não mais inseguro e perigoso. Todos os acontecimentos posteriores ressuscitaram o pesadelo da Guerra do Golfo, na década de 90. A Invasão do Iraque, o terrorismo, (...)
24.Jan.25

O melhor dos três mundos: um livro, um filme e uma excelente atriz

mparaujo
Nem sempre é fácil, por mais teorias e conceções pessoais, garantir que o livro que sustenta o argumento é sempre melhor que o filme ou vice-versa (quando o filme superar a narrativa literária). No melhor dos dois mundos, a obra e o filme são ambos (“os dois”) bons. Transpondo o contexto, nem sempre é linear ou transparente afirmar-se que o filme é que faz a atriz ou o ator, ou, pelo contrário, o papel desempenhado eleva e releva o filme, principalmente no que toca ao seu (...)
07.Dez.24

As saudades presidenciais

mparaujo
(fonte: "Vivre le Portugal") Há poucos dias, Marcelo Rebelo de Sousa manifestava algum saudosismo da governação de António Costa. No lançamento da 6.ª edição da PSuperior, uma iniciativa do jornal Público, para o ensino superior, que promove a literacia mediática, o Presidente da República afirmou que “dizia muitas vezes a um governante com o qual partilhei quase oito anos e meio de experiência inesquecível: um dia reconhecerá que éramos felizes e não sabíamos”. Curio (...)
02.Dez.24

Qual 25 de Novembro?

mparaujo
A história da nossa democracia (conquistada, simultaneamente, com a liberdade, a 25 de abril de 74) foi revisitada há uma semana, 25 de novembro, de uma forma mais forçada do que assumida, marcada mais pela discussão sobre o sentido da comemoração do que, propriamente, sobre o que a data representou ou significou. Importa recordar a frase proferida pelo General Ramalho Eanes, que uma determinada franja política e ideológica gosta tanto de enaltecer: “Momentos fraturantes não se (...)
18.Nov.24

Dia Nacional do Mar: desafios à deriva

mparaujo
Há um Dia Mundial do Mar (26 de setembro), um Dia Europeu do Mar (21 de maio) ou, ainda, um Dia Mundial dos Oceanos (8 de junho). Faz algum sentido Portugal celebrar o Dia Nacional do Mar (16 de novembro)? Não só faz, como deveria ser feriado nacional. Mais, ainda, como, por exemplo, no caso da mobilidade (e bem), também deveríamos ter a Semana Marítima. Pelo menos teria a virtude de ampliar, por mais dias, a consciencialização política e social (económica, científica e (...)
11.Nov.24

Umas eleições à escala mundial (muito mais do que locais)

mparaujo
(crédito da foto: Evan Vucci/AP, in Euronews) Mais do que centrar o focusem Kamala Harris, o Partido Democrata deve olhar, primeiro, para si mesmo e se tudo foi feito para que o resultado eleitoral tivesse sido outro. Sou dos que subscrevem que Kamala foi a melhor escolha, a melhor candidata, realizou um enorme e excelente trabalho face ao tempo, às circunstâncias políticas e aos desafios. Agora, conhecido o desfecho é fácil julgar, mas muitos dos que soltam críticas, são os que, (...)
10.Nov.24

Uma governação anémica...

mparaujo
Premissa. Linearmente… a anemia é uma doença caracterizada pela diminuição do número de glóbulos vermelhos e, consequentemente a diminuição de oxigenação, provocando sintomas como, por exemplo, fraqueza e cansaço (fonte: SNS24). Só do ponto de vista meramente académico ou utópico é que se pode esperar que qualquer governo consiga, politicamente, solucionar ou resolver uma exigência social. Isso não existe, na prática. O que existe é a capacidade de gerar medidas, (...)
03.Nov.24

Os "pistoleiros" do costume

mparaujo
(crédito da foto: Fernando Calvo Pool Mancloa / EPE) Por si só, qualquer que seja o aproveitamento político em contextos ou situações de sofrimento, tragédia ou catástrofe é, e será sempre, lamentável e condenável. Acrescentar a isso um visão meramente ideológica e partidária da realidade só dimensiona o contexto em algo ainda mais deplorável. É muito fácil o populismo partidário de disparar contra tudo só porque sim. No caso da lamentável tragédia que assolou (...)
28.Out.24

Cidadania… mais do que uma mera disciplina

mparaujo
(origem da foto: vídeo do encerramento do 42.º congresso do PSD, in RTP) Face à realidade polvorosa, importa mais a serenidade pública do que atiçar a conflitualidade (como alguns - os do costume - que deveriam ter responsabilidades públicas acrescidas e não se contêm na boçalidade e no populismo). Mas também sobre cidadania, poder, direitos e liberdades, regressemos ao encerramento do Congresso do PSD, que decorreu em Braga, há cerca de uma semana. O anúncio de Pedro Nuno (...)
21.Out.24

OE2025 a reviver OE1012: a abstenção violenta

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A expressão “abstenção violenta” marcou a abstenção do Partido Socialista na votação do Orçamento de Estado (OE) para 2012, em plena Troika. À data era Secretário-Geral do PS, António José Seguro, e Pedro Nuno Santos abdicava do seu lugar na direção do Grupo Parlamentar (liderado por Carlos Zorrinho), em total desacordo com o sentido de voto definido (entendia que o PS devia votar contra). A conflitualidade interna no partido e as críticas à liderança de António (...)
13.Out.24

As escolhas (im)prováveis

eleições autárquicas 2025

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O aproximar de alguns atos eleitorais, como por exemplo as presidenciais ou as autárquicas, são, por norma, reveladores da ingenuidade e da fragilidade da democracia. Nalguns casos, ainda, espelham o que mais de sinistro tem a política: os jogos de bastidores e das influências. Deixemos, ao caso, a questão das presidenciais, já aqui aflorado pela rama, e foquemo-nos nas (...)
30.Set.24

Há mar e mar… demasiado mar.

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(imagem recolhida do Geoportal do Mar Português - DGRM) Portugal é o 20.º país do mundo e o 5.º da Europa com a maior Zona Económica Exclusiva (plataforma continental e mar), área que se pode fixar perto dos 3,9 milhões de km2 (mais de 40 vezes o continente, sem contar com Olivença) se a pretensão apresentada, em 2009, às Nações Unidas, ultrapassado o conflito com Espanha em relação à zona das Ilhas Selvagens (Arquipélago da madeira), for positiva. Este marco fará com (...)
29.Set.24

(podcast) POLITICAMENTE INSURRETO: temporada #1, episódio #9

O fantasma da crise política e o receio das eleições antecipadas, com o chumbo do OE2025.

mparaujo
Já está no ar o nono episódio do Politicamente Insurreto, disponível em: Rádio Terra Nova e no Spotify . Episódio desta semana: "Um Orçamento do Estado com medo da crise política". Sobre o episódio #9 O fantasma da crise política com o eventual chumbo do Orçamento do Estado para 2025. P (...)
16.Set.24

Um Orçamento do Estado com medo da crise política

mparaujo
(crédito da foto: José Sena Goulão/Lusa, in Jornal Económico) O Orçamento do Estado, na sua especificidade, é um instrumento provisional/previsional da aplicação das finanças públicas nas várias áreas de intervenção do Estado, gerindo, com imperativo legal, a aplicação das receitas em função das despesas previsíveis. Mas é, também, muito mais do que um plano financeiro e contabilístico. Na sua base, estruturação e gestão está implícita a vertente política: a da (...)
15.Set.24

À conquista dos caramelos e dos pirexes

mparaujo
À boa maneira da década de 60 e 70, com as "peregrinações" a Tui ou a Badajoz (e outras localidades raianas), também o Ministro da Defesa Nacional, conhecido igualmente como líder partidário, Nuno Melo, recordou velhos tempos em que a necessidade levava os portugueses a passar a fronteira (entre revistas aos carros, malas e sacos, e verificação de passaportes e autorizações) e, entre alguns laivos de "riqueza" lá se trocavam escudos por pesetas e se fazia um brilharete na (...)