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Debaixo dos Arcos

Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.

07.Dez.24

As saudades presidenciais

mparaujo
(fonte: "Vivre le Portugal") Há poucos dias, Marcelo Rebelo de Sousa manifestava algum saudosismo da governação de António Costa. No lançamento da 6.ª edição da PSuperior, uma iniciativa do jornal Público, para o ensino superior, que promove a literacia mediática, o Presidente da República afirmou que “dizia muitas vezes a um governante com o qual partilhei quase oito anos e meio de experiência inesquecível: um dia reconhecerá que éramos felizes e não sabíamos”. Curio (...)
13.Mai.24

A política não é um número de circo

mparaujo
(crédito da foto: Tiago Miranda, in Expresso) Com todo o respeito pelas artes circenses, a verdade é que as melhores memórias de uma ida ao circo são as dos palhaços. E se num circo, seja qual for a idade, o palhaço e as suas palhaçadas são dos pontos altos do espetáculo, na política a adjetivação depreciativa é, pelo contrário, criticável e condenável. Infelizmente, há quem teime em transformar a política num circo e achar que todos os portugueses são parvos ou ingénuos. (...)
06.Mai.24

A história (também) é responsabilidade

sem medo da verdade da história.

mparaujo
Publicado na edição de hoje, 6 de maio, do Diário de Aveiro. Há sempre a tentação de reescrever a história cada vez que a revisitamos. Mas é igualmente verdade que a história deve ser assumida com frontalidade e com responsabilidade e que o reconhecimento dos erros cometidos (e que serão sempre herdados na evolução da própria história) é sinal de elevação, respeito e dignidade. Tal como disse Marcelo Rebelo de Sousa, varrer os erros da nossa história para debaixo do (...)
22.Abr.24

Do “golpe” ao “embuste”… perde o dever e a ética política

mparaujo
publicado na edição de hoje, 22 de abril, do Diário de Aveiro (página 6) Por mais argumentos que se queiram atirar para a fogueira da discussão, a verdade é que a democracia e a política sofreram um golpe palaciano em novembro de 2023 e um engodo eleitoralista que não culminou a 10 de março de 2024, bem pelo contrário. 1. O Ministério Público emite um comunicado sobre um processo de investigação. Na sequência demite-se o Ministro das Infraestruturas, após quatro anos (...)
18.Abr.24

À injustiça o que é da injustiça... com responsabilidades repartidas.

mparaujo
(fonte da foto: Presidência da República) A Procuradoria-Geral da República emite um comunicado sobre um processo de investigação. Do processo demite-se o Ministro das Infraestruturas, após quatro anos consecutivos de escutas, vasculhada a sua vida pessoal e o seu desempenho político e governativo. Há um Presidente de Câmara preso durante 6 dias, para ser libertado sem qualquer acusação. Nesse comunicado há um parágrafo diretamente dirigido à credibilidade e honestidade do (...)
17.Abr.24

Águas passadas, afinal, movem moinhos

mparaujo
Pedro Passos Coelho, em nova aparição (para quem queria passar despercebido é demasiado espaço mediático usado) voltou a gerar polémica e frisson no espaço público político. Há dois dias, 15 de abril, o ex-Primeiro Ministro (um dos piores da história política destes 50 anos de democracia) esteve, na Rádio Observador, no programa “Eu estive lá” à conversa com Maria João Avillez (que tem uns critérios editoriais muito peculiares, para ser soft). A determinada altura há (...)
19.Nov.23

Crise política: revisão da matéria dada

mparaujo
Publicado na edição de hoje, 19 de novembro, do Diário de Aveiro (página 14). O momento em que um vazio e enigmático parágrafo de um comunicado do Gabinete de Imprensa da Procuradoria-Geral da República foi lançado para o espaço público, simultaneamente com um conjunto de buscas e constituição de arguidos (que não são, por si só, culpados) não é inócuo ou inocente. Ou seja... António Costa escolhe o então ministro João Galamba (um dos ministros mais mal-amado deste (...)
12.Nov.23

Crise Política: um enorme "buraco negro" nas instituições e na democracia

há pouca coisa pior que um... a montanha pariu um rato.

mparaujo
(crédito da foto: Eraldo Peres, in SIC Notícias) Por definição muito básica e simples, no “buraco negro” o campo gravitacional é tão intenso que nada lhe pode escapar. Assim parece ser o atual momento da conjuntura política nacional. Um enorme buraco escuro, profundo, onde nada escapa: nem a democracia, nem a política, nem as instituições do Estado e, muito menos, a justiça. Consequências? Muito graves para o país e para os portugueses. Importa marcar/numerar os factos, (...)
05.Nov.23

OE2024: do "pipi" a uma "rapidinha" orçamental

Na política nada acontece no vácuo.

mparaujo
A propósito da aprovação, na generalidade, da proposta de Orçamento do Estado para 2024, assim vai a oposição política nacional. Ou melhor... para o bem do país e dos portugueses, a direita continua a estender a passadeira ao PS e a esquerda mantém-se saudosista do tempo (ainda bem recente) da "geringonça" que ajudou a fazer cair por responsabilidade própria. Percebe-se a bondade das propostas contidas no OE2024 pela preocupação presente com as pessoas, as famílias, os mais (...)
30.Set.23

Um recado para o Presidente da República

sobre vetos políticos, apesar da constitucionalidade do diploma

mparaujo
(créditos da foto: Joana Viana/RR) Ainda sobre o veto do Presidente da República ao (primeiro) diploma "Mais Habitação" aprovado em sede parlamentar. Um dos fundamentos que Marcelo Rebelo de Sousa apontou na argumentação do Veto político ao primeiro diploma do programa "Mais Habitação" foi a ausência ou a falta de acordo de regime e de consenso alargado. Com as várias manifestações que foram levadas a cabo, hoje, em diversas localidades do país, fica dada a resposta a essa (...)
26.Set.23

Devolver (habitação) à procedência…

o mesmo significa... voltar a provar o melão.

mparaujo
A 21 de agosto, Marcelo Rebelo de Sousa usava o argumento político como fundamento, mais que discutível e até criticável, para vetar o diploma do Governo relacionado com o programa “Mais Habitação”, devolvendo à Assembleia da República. A 21 de setembro, a Assembleia da República volta a aprovar o diploma legal do programa "Mais Habitação" e devolve-o a Belém. Não está em causa o veto político como princípio, já que é algo previsto nas competências do Presidente da (...)
17.Set.23

Mais vale cair em graça do que (querer) ser engraçado

mparaujo
Desde a primeira hora em que Marcelo Rebelo de Sousa foi eleito era expectável que o Presidente da República mantivesse o seu "perfil" de comentador político, mesmo no exercício da função de principal figura do Estado Português. Daí até à mistura explosiva entre o normal cumprimento da função presidencial, o permanente posicionamento político em relação à prestação governativa e o opinar sobre tudo e mais alguma coisa foi um "piscar de olhos" e um permanente pisar de (...)
06.Set.23

das birrinhas e dos amuos

mparaujo
(fonte da foto: Presidência da República) A comunicação social (toda, praticamente) refere-se à reunião do Conselho de Estado como "tensa", com "António Costa a entrar mudo e a sair calado", "Costa deixou Marcelo a falar sozinho", "...". Mas o 'melhor' estava reservado para o pantanal político em que se tornou o PSD e para a chafurdice populista discursiva do seu líder partidário. Montenegro (que não é Conselheiro de Estado, graças a Deus) afirmou, num jantar partidário em (...)
09.Jul.23

O adocicado do moscatel

o Moscatel quer-se fresquinho...

mparaujo
(crédito da foto: Helena Morais) É indiscutível a pressão que existe no Serviço Nacional de Saúde (que, teimosamente, continua distante de um desejado Sistema Nacional de Saúde). A insatisfação, apesar da confiança, no serviço do SNS, por parte dos utentes. O descontentamento dos seus profissionais quanto às condições, regras e exigências profissionais. O reconhecido esforço do Governo e, recentemente da Comissão Executiva do SNS (apesar de achar redundante a sua (...)
17.Mai.23

A tristeza de Jorge Mario Bergoglio

infelizmente, o Papa Francisco tem, hoje, muito por onde ficar triste nestes tempos difíceis para a

mparaujo
(fonte da foto: twitter sic notícias) O Papa Francisco afirmou, este fim de semana, estar "muito triste, porque no país onde apareceu Nossa Senhora [Portugal] foi promulgada uma lei para matar. Mais um passo na grande lista dos países que aprovaram a eutanásia". O responsável máximo pela Igreja Católica comentava, desta forma, a aprovação, pelo Parlamento português na sexta-feira passada, da quarta versão (à quinta tentativa) do diploma legal que regula e despenaliza a morte (...)
02.Mar.23

A 'gafe' salvadora

o que parece, ou parecia, ser um conflito institucional, afinal, não é mais do que a solução para um

mparaujo
(crédito da foto: Gian Amato, in O Globo) Os dois ou três últimos dias foram de uma histeria coletiva, de um rasgar de vestes da politiquice populista e demagoga (onde tudo serve para achincalhar a governação... como se não houvesse coisas mais sérias e importantes) por causa da chamada "gaffe João Cravinho", a propósito das (...)
28.Jan.23

Uma liderança "cata-vento"

como liderar um partido ao sabor do vento.

mparaujo
(fonte da foto: in postal.pt) O cata-vento orienta a sua posições em função da direção do vento. É, por isso, um objeto/instrumento sem "vontade própria", inconstante na sua posição determinada pelo sabor do vento (conforme sopra, intensidade ou direção do momento). Não poderíamos encontrar, na política de hoje, melhor metáfora ou paralelismo entre o cata-vento e a liderança do PSD. Há cerca de duas semanas, perante as mais diversas trapalhadas e polémicas no Governo (...)