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Debaixo dos Arcos

Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.

26.Jan.25

Antevisão da alegada "cambalhota migratória"

mparaujo
(crédito da foto: António Pedro Ferreira, jornal Expresso) Antecipando a minha visão sobre parte da entrevista de Pedro Nuno Santos ao jornal Expresso (quinta-feira, 23 de janeiro), amanhã, no Diário de Aveiro. Primeiro, importa referir que a entrevista é muito mais do que a referência à imigração. É sobre a reforma da justiça, os Estados Gerais do PS e a afirmação de alternativa governativa, as presidenciais, a chamada “lei dos solos”, entre outros. Segundo, mesmo na (...)
06.Jan.25

Entre o portajar e não portajar

mparaujo
Este seria, por natureza, o espaço e tempo para avaliar 2024 e perspetivar 2025. Mas o novo ano, para Aveiro, nasce envolto em polémica, diga-se, em abono da verdade, com alguma justificação. Justificada pelo facto da entrada em vigor da isenção de portagens nas antigas SCUT não eliminar o sentimento antigo de injustiça e de discriminação em relação a Aveiro, com impactos significativos, por exemplo, na Freguesia de Cacia (pressão rodoviária e segurança, entre outros). Em (...)
21.Out.24

OE2025 a reviver OE1012: a abstenção violenta

mparaujo
A expressão “abstenção violenta” marcou a abstenção do Partido Socialista na votação do Orçamento de Estado (OE) para 2012, em plena Troika. À data era Secretário-Geral do PS, António José Seguro, e Pedro Nuno Santos abdicava do seu lugar na direção do Grupo Parlamentar (liderado por Carlos Zorrinho), em total desacordo com o sentido de voto definido (entendia que o PS devia votar contra). A conflitualidade interna no partido e as críticas à liderança de António (...)
13.Out.24

As escolhas (im)prováveis

eleições autárquicas 2025

mparaujo
O aproximar de alguns atos eleitorais, como por exemplo as presidenciais ou as autárquicas, são, por norma, reveladores da ingenuidade e da fragilidade da democracia. Nalguns casos, ainda, espelham o que mais de sinistro tem a política: os jogos de bastidores e das influências. Deixemos, ao caso, a questão das presidenciais, já aqui aflorado pela rama, e foquemo-nos nas (...)
16.Set.24

Um Orçamento do Estado com medo da crise política

mparaujo
(crédito da foto: José Sena Goulão/Lusa, in Jornal Económico) O Orçamento do Estado, na sua especificidade, é um instrumento provisional/previsional da aplicação das finanças públicas nas várias áreas de intervenção do Estado, gerindo, com imperativo legal, a aplicação das receitas em função das despesas previsíveis. Mas é, também, muito mais do que um plano financeiro e contabilístico. Na sua base, estruturação e gestão está implícita a vertente política: a da (...)
28.Mai.24

Até as Desertas e as Selvagens votam sempre no mesmo

mparaujo
Apesar de alguma esperança numa alteração do ciclo governativo e político no Arquipélago da Madeira, a verdade é que os resultados eleitorais as Eleições Regionais deste domingo não são, na sua globalidade, surpreendentes. A surpresa mais relevante é, face à aritmética política, a possibilidade de voltar a haver eleições com o chumbo do Pograma do Governo, que será apresentado na Assembleia Legislativa Regional e que tem carácter vinculativo para que o Governo assuma a (...)
12.Mai.24

Há cerca de 43.200 minutos a gostar de (não) governar

mparaujo
Se é um facto que o Presidente da República empossou o XXIV Governo Constitucional no dia 2 de abril e os Secretários de Estado no dia 5 do mesmo mês, a verdade é que podemos tomar como baliza o arranque das funções governativas no dia 12 de abril, data em que terminou, na Assembleia da República, a discussão, apreciação e “aprovação” do Program (...)
29.Mar.24

O cinísmo da democracia...

mparaujo
Arrancou com o pé esquerdo e da forma mais caricata a Legislativas 2024-2028. Quanto ao surrealismo político que marcou o arranque do mandato Parlamentar, o que deveria ser um momento com dignidade e elevação, foi transformado num circo, pelos suspeitos do costume, onde não faltou um inqualificável desrespeito pela Casa da Democracia, pelos portugueses e pelos eleitores, ao ponto de haver Deputados, a quem os eleitores (independentemente das opções ideológicas, partidárias ou do (...)
21.Mar.24

Obrigado, pela defesa dos valores democráticos e pela dignidade parlamentar. Contra tudo e contra muitos.

mparaujo
(crédito da foto: Manuel de Almeida / LUSA) Mesmo com eventuais recursos de recontagem de votos que ainda possam surgir, ficou inevitável a não eleição de Augusto Santos Silva como deputado pelo círculo Fora da Europa, pelo Partido Socialista. Termina, assim, a sua participação enquanto deputado na Assembleia da República, juntando-se a outras ausências fruto dos resultados eleitorais de 10 de março (para analisar na próxima segunda-feira, no Diário de Aveiro). Algumas com (...)
02.Mar.24

Um rumo... um caminho certo.

mparaujo
(crédito da foto: Daniel Rocha / Público) São infundadas e levianas as considerações que muitos fizerem sobre esta impactante imagem captada pela objetiva do fotojornalista do jornal Público, Daniel Rocha. Desde os mimos "um homem só", "sem passado e sem futuro" até ao já desgastado chavão da "incompetência", tudo serve para a crítica. Mas a verdade é que a foto tem um simbolismo político que desarma. É mais que óbvio que o caminhar de Pedro Nuno Santos tem um objetivo (...)
20.Fev.24

KO técnico

mparaujo
(desconhece-se a fonte/origem da imagem... corre "viral" nas redes sociais) É certo que faltam mais de duas semanas para a decisão final e essa caberá sempre, e em última instância, à vontade livre, democrática e expressa de cada cidadão. Também é certo que a fórmula e a estrutura do ciclo de debates que foram promovidos na televisão deixam algumas reservas, assim como deixam algumas reservas métodos avaliativos, como, por exemplo, o surrealismo do "pulsómetro", essa bitola (...)
13.Fev.24

Anticiclone (político) dos Açores

mparaujo
Publicado na edição de hoje, 12 de fevereiro, do Diário de Aveiro (pág. 6) Sim… falamos de tempo da democracia e falamos de tempo político. Um anticiclone subtropical, no qual se insere o Anticiclone dos Açores, é caracterizado por uma massa de ar quente e sem humidade, e, por isso, relacionado com um céu limpo e sem nuvens. No caso da atual conjuntura política açoriana ele contraria, em tudo, qualquer princípio da meteorologia: muita nebulosidade e correlações partidárias (...)
31.Jan.24

O chamado 'centro-direita' radicalizou-se

mparaujo
Adjetivar o PS e Pedro Nuno Santos de "radicais" ao lado (ou comparando) deste PSD extremado e radicalizado é o mesmo que chamar-lhes "meninos de coro". Esta já tinha sido a retórica usada em 2015 quando o PSD acusou António Costa de radical. Volta a ser a mesma argumentação (face à notória falta de outra) que o PSD usa, em 2023/2024, para criticar Pedro Nuno e o PS, pretendendo com isso denegrir o período da geringonça que, curiosamente e contra-ciclo, a maioria dos portugueses (...)
25.Jan.24

Atirar pedras e esquecer os telhados de vidro

mparaujo
A política sem lógica, sem conformidade ou despejada de coerência não é mais do que um mero exercício de populismo ou de pura demagogia eleitoralista. Em plena campanha e confronto eleitoral a falta de redobrado cuidado deturpa a mensagem e a retórica e apenas favorece radicalismos e extremismos. À mistura de um conjunto de promessas de medidas e políticas, mais sustentadas em “crenças e credos” do que realistas e demonstrativas de alternativa credível, o PSD acusa o PS de (...)
20.Jan.24

Títulos "à la carte"

infelizmente, numa plena coincidência com o 5.º Congresso dos Jornalistas

mparaujo
(fonte da imagem: adaptado/recorte da infografia da revista Visão - 15.01.2024 / 08:00) É indesmentível que há, nalguns órgãos de comunicação social, uma escondida "agenda editorial", mais ou menos camuflada para não colidir com o código e regime jurídico do jornalismo. Um das formas de contornar o rigor, a ética, a transparência e a isenção é recurso a títulos de notícias feitos à medida do fato que se quer vestir, focados no que dá mais jeito à tendência editorial. Num (...)
17.Dez.23

À direita já “tremem as perninhas”…

mparaujo
(fonte: fotogaleria Partido Socialista) Pedro Nuno Santos é o novo Secretário-geral do Partido Socialista (eleito com 62% dos votos expressos) e, em menos de 24 horas, as reações de PSD, IL e Chega à sua eleição são mais que reveladoras do que irá ser a campanha eleitoral. À falta de propostas concretas e concretizáveis (consistentes, sustentáveis e sociais) restará a politiquice, a brejeirice e o populismo, para além dos ataques de carácter. Conhecido aquele que irá (...)
26.Set.23

Devolver (habitação) à procedência…

o mesmo significa... voltar a provar o melão.

mparaujo
A 21 de agosto, Marcelo Rebelo de Sousa usava o argumento político como fundamento, mais que discutível e até criticável, para vetar o diploma do Governo relacionado com o programa “Mais Habitação”, devolvendo à Assembleia da República. A 21 de setembro, a Assembleia da República volta a aprovar o diploma legal do programa "Mais Habitação" e devolve-o a Belém. Não está em causa o veto político como princípio, já que é algo previsto nas competências do Presidente da (...)
23.Ago.23

Agosto também se escreve com ‘J’ (parte 4 de 4) - O jejum político pós Pontal

mparaujo
Se a histórica sealy season já não é o que era, também não fará grande sentido que os partidos não consigam reinventar e insistam nas tradicionais (e cada vez mais banalizadas) rentrées políticas. Já nem para consumo interno, nem para o debate político-partidário, servem. A mais recente Festa do Pontal, realizada a 14 de agosto, na Quarteira, é disso claro exemplo. Do rescaldo da rentrée social-democrata fica o vazio estratégico do partido e nem como “prova de vida (...)
23.Jul.23

O Estado... e as negações

em matéria do debate do Estado da Nação, António Costa viu a prova superada, com distinção.

mparaujo
(crédito da imagem: Tiago Petinga / Lusa, in Sic Notícias) Durante e após o debate do Estado da Nação, na passada quinta-feira, a expressão "estado de negação" foi, por diversas (muitas) vezes, repetida e recorrentemente usada pela oposição (concretamente à direita/PSD) como crítica a António Costa, ao Governo e ao PS. Nada mais demagogo e populista, sem qualquer impacto nos eleitores, mantendo a imagem que os portugueses têm de uma oposição incapaz de ter ou ser (...)
28.Jan.23

Uma liderança "cata-vento"

como liderar um partido ao sabor do vento.

mparaujo
(fonte da foto: in postal.pt) O cata-vento orienta a sua posições em função da direção do vento. É, por isso, um objeto/instrumento sem "vontade própria", inconstante na sua posição determinada pelo sabor do vento (conforme sopra, intensidade ou direção do momento). Não poderíamos encontrar, na política de hoje, melhor metáfora ou paralelismo entre o cata-vento e a liderança do PSD. Há cerca de duas semanas, perante as mais diversas trapalhadas e polémicas no Governo (...)