Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.
Sobre o mediatismo atual do caso que envolveu a atuação do Ministério Público com as buscas ao PSD, a Rui Rio e ao deputado social-democrata Hugo Carneiro (ex-assessor do Grupo Parlamentar do PSD), entre outros. Em causa, segundo comunicado da Polícia Judiciária, “está em causa a investigação à utilização de fundos de natureza pública, em contexto político-partidário, existindo suspeitas de eventual prática de crimes de peculato e abuso de poderes (crimes da (...)
A maior, se não praticamente a única, crítica à liderança de Rui Rio nos destinos do PSD era a de falta de assertividade e de subserviência ao PS (entenda-se, António Costa). Pois bem... quis o destino (o mau destino) alterar o rumo do poder no partido dando-lhe novo timoneiro, para além de lhe retirar o centro e a social-democracia. E à quarta (ou quinta, vigésima ou centésima, sei lá) vez, Luís Montenegro foi eleito presidente, num das mais baixas taxas de participação (...)
um final é certo... a machadada na matriz social-democrata do partido.
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Caiu (ou quase... falta a esperada "ovação e aclamação" no congresso agendado para 1, 2 e 3 de julho, no Porto) o pano sobre as eleições directas para a liderança do PSD. Primeiro, a factualidade dos dados e dos acontecimentos. Dois candidatos: Luís Montenegro e Jorge Moreira da Silva (ambos com origens a norte - Porto e Famalicão, respectivamente); os dois com uma relação, bem conhecida, de proximidade política muito acentuada com Passos Coelho; um mais parlamentar (...)
(créditos da foto: José Sena Goulão / Lusa) Hoje é o dia "D" dos debates... ou, se quisermos, hoje é dia dO Debate. Rui Rio e António Costa têm hoje, a partir das 20h30, o frente-a-frente decisivo que pode influenciar o resultado final eleitoral. Não será o único factor de pressão eleitoral, mas, garantidamente, este confronto directo entre os líderes do PSD e do PS pode influenciar eleitores indecisos; conquistar abstencionistas; motivar ou desmotivar eleitorado e (...)
PSD é o alvo eleitoral... nalguns casos, alvo eleitoralista
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Cumpriu-se, praticamente, metade do calendário dos debates televisivos entre os partidos com assento parlamentar (incluindo o Livre) que concorrem às eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro. Ao contrário do que seria expectável não são o PS e António Costa os alvos preferidos do confronto político-partidário, mesmo contrariando os princípios de ciência-política que defendem que as eleições não se ganham... perdem-se. De facto, mesmo que de forma muito linear, o (...)
ainda no rescaldo do 39.º Congresso, a caminho das Legislativas a 30 de janeiro 2022
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(créditos da foto: psd.pt) Desde o momento em que acontecem no rescaldo de eleições directas internas, os Congressos Nacionais passaram a ser, fundamentalmente, o corolário da afirmação de um líder vencedor antecipado. Mas não no 39.º Congresso do Partido Popular Democrático - Partido Social Democrata (PPD-PSD), que se realizou há uma semana, em Santa Maria da Feira. A conjuntura política actual, consequência do chumbo da proposta do Orçamento do Estado para 2022, (...)
no dia 31 de janeiro de 2022, voltar-se-ão, de novo, os focos para Rui Rio
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(crédito da foto: José Coelho/LUSA, in SIC Notícias) Apesar das circunstâncias pródigas em "matéria de facto" que foram surgindo, adiei, por várias vezes, abordar as eleições internas do PSD, ou, dito de outra forma, as históricas e amiúdes 'facadas nas costas' que alimentam o tradicional 'ninho de víboras' que tão bem caracteriza o adn do partido. Fui adiando, alimentando a perspectiva do que seriam os resultados das directas, que se realizaram ontem, o que condicionaria, a (...)
os riscos (demasiado elevados) do trumpismo da comunicação política
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(créditos da foto: mário cruz / lusa, in expresso) As palavras têm uma força considerável e, muitas vezes, imensurável, capazes de mobilizar causas e movimentos, tão fortes que geram revoluções e dinâmicas sociais. Ganham esta dimensão de forma ainda mais relevante quando as palavras são enquadradas nos princípios e na ética política, que devem (ou deveriam) estar permanentemente preservados na função e no exercício dessa mesma política. Ganham dimensão ou mesmo tempo (...)
o pior que a política pode ter são momentos de avestruz...
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(créditos das fotos: Tiago Sousa Dias) É conhecido a expressão popular "fazer como a avestruz e enterrar a cabeça na areia" (fingindo não ver nada, alheando-se das adversidades... mesmo que tal afirmação não corresponda à realidade da sua natureza animal). Mas é esta a analogia e a alegoria populares. Na política, esta realidade é o pior dos seus mundos, criando um sentimento público de incoerência, de falta de responsabilidade e de ausência de identidade ou personalidade (...)
(créditos da foto: Nuno Fox, Expresso) Se há momentos em que Sophia de Mello Breyner Andresen ganha um dimensão ainda maior do que a (merecidamente) tem, esses momentos são os de agora, os dos últimos acontecimentos e dias. Ressoam na memória partes do poema "Vemos, Ouvimos e Lemos" (penso que de janeiro de 1969), bem como uma "velha frase batida", com pelo menos 36 anos: «a história nunca pode ser travada" (MCE - Movimento Católico de Estudantes). Vemos, ouvimos e lemos Não (...)
Caiu o pano do Congresso Social-democrata. Rui Rio fechou o 38.º Congreso do PSD, em Viana do Castelo, com uma intervenção a lembrar a abertura da reunião magna social-democrata, na sexta-feira: com chave de ouro. Se em termos ideológicos, programáticos, políticos e oratórios o presidente do PSD foi bastante claro, credível, assertivo e estratégico, tal não significa um redundante "ouro sobre azul". Rui Rio perdeu o Conselho de Jurisdição para uma das vozes internas mais (...)
Dito de outra forma... eis a razão de eu e 53,2% dos militantes sociais-democratas termos votado em Rui Rio, nas directas de janeiro último. E este poder ser um dos melhores presidentes que o partido já teve (haja a oportunidade e tempo de o provar). E a razão é bem simples e muito clara... com Rui Rio, desde 2018 (e não apenas agora, em Viana do Castelo) o Partido tem vindo a reencontrar o seu posicionamento ideológico ao centro (perdido, pelo menos, nos seus últimos anos: (...)
Uma das principais virtudes de um verdadeiro líder é a sua elevação e grandeza nas vitórias e, igualmente, nas derrotas. Algo que o discurso de Luís Montenegro não teve na noite eleitoral de ontem. O que revela muito da sua ética política. Aliás, o que não se estranha desde o congresso de fevereiro de 2018. E, acredito, infelizmente, não irá parar por aqui. Independentemente das regras em vigor (que obrigam a uma, "escusada", segunda volta... que em nada irá beneficiar o (...)
Ou como, facilmente, se atira a ética política para o lixo. Nesta campanha para as eleições directas para a presidência do PSD já não bastava a bipolarização "pró ou contra" Rui Rio para termos assistido, desde a primeira hora, a um chorrilho de demagogias inconsistentes e incoerentes, nomeadamente por parte de Luís Montenegro. À falta de uma alternativa consistente em relação à liderança de Rui Rio, à falta de uma argumentação sólida que colocasse em causa, de forma (...)
Enquanto uns se deslumbrem com as aparências ou com fugazes efeitos cénicos, Aveiro viveu, hoje (no encerramento de mais um mês), o verdadeiro espírito da social democracia. A verdadeira, a real, a paradigmática... sem populismos, sem demagogias. A social democracia que importa para o PSD, para os portugueses e para o país. O auditório do Parque de Feiras e Exposições de Aveiro encheu, de forma simples mas muito real, para ouvir Rui Rio afirmar-se como um verdadeiro líder: (...)
O ex-líder da bancada parlamentar do PSD, no período de governação de Passos Coelho, já tinha anunciado a sua intenção de se candidatar ao lugar de Rui Rio (apesar, e sublinho apesar, do lugar de Rui Rio nunca ter estado disponível ou vago). Nesta sexta-feira formalizou oficialmente a sua candidatura e abriu a campanha eleitoral, mas tal como surgiu o seu sonho (espera-se que não passe disso), também aqui da pior forma. Já não bastava o manifesto desígnio de querer desvirtuar (...)
(fonte da foto: RTP online) Porque é que Rui Rio é importante para o PSD? Questão mais que pertinente em fevereiro de 2018 e que se volta a colocar hoje, após o anúncio da sua recandidatura à liderança do PSD (directas previstas para janeiro de 2020). Embora possa influenciar a resposta, não é, de todo, apenas pela personalidade de Rui Rio. Será sempre um factor discutível, como será na avaliação da personalidade de qualquer líder e a sua liderança. Essencialmente, o (...)
A ânsia e a febre desmedida do mediatismo e do poder conduz, na maioria das vezes, a discursos incoerentes, à manha, à manobra e maquinação pública. O recente "vir à tona" de Luís Montenegro revela tudo isso e demonstra que está mais preocupado e focado em joguinhos de egos e narcisismos, no carreirismo partidário e na demagogia, do que no interesse da social-democracia, dos portugueses e do país. Pelo contrário, bem contrário, Rui Rio sempre foi claro e coerente: acima do (...)
Há uma vontade enorme de gritar BASTA… para não dizer “Chega” que, na conjuntura actual, pode ser foneticamente mal interpretado (ou pessimamente interpretado). Os factos… a noite/madrugada do passado domingo revelou algo inquestionável, algo que nem Rui Rio colocou em causa: o PSD perdeu as eleições legislativas 2019. Não há qualquer dúvida: o PSD obteve 27,9% dos votos expressos e o PS 36,65% (falta apenas contabilizar os votos da emigração). Importa, no entanto, ler, (...)
Deplorável! Condenável! Péssimo! Politicamente baixo! Funesto! Cínico! Sem sentido de ética e moral! Abominável! Repreensível! Reprovável! Censurável! Não faltará, na língua de Camões e no dicionário português, adjectivos que qualifiquem a tomada de posição de confronto interno do ex-líder e ex-deputado da bancada parlamentar do PSD, Luís Montenegro. São vários os contornos político-partidários que merecem uma análise e reflexão sobre a opção que levou/leva Luís (...)