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Debaixo dos Arcos

Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.

11.Nov.24

Umas eleições à escala mundial (muito mais do que locais)

mparaujo
(crédito da foto: Evan Vucci/AP, in Euronews) Mais do que centrar o focusem Kamala Harris, o Partido Democrata deve olhar, primeiro, para si mesmo e se tudo foi feito para que o resultado eleitoral tivesse sido outro. Sou dos que subscrevem que Kamala foi a melhor escolha, a melhor candidata, realizou um enorme e excelente trabalho face ao tempo, às circunstâncias políticas e aos desafios. Agora, conhecido o desfecho é fácil julgar, mas muitos dos que soltam críticas, são os que, (...)
22.Jul.24

A política globalizada que nos afeta, sempre

mparaujo
(crédito da foto: Angela Weiss / AFP, in DN) Nesta semana muito se disse sobre as eleições presidenciais americanas que irão escolher o próximo inquilino da Sala Oval, na Casa Branca. E muito ainda haverá por contar até novembro. O que é surpreendente é a reação naïf, um distanciamento ingénuo assumido e consciente, em relação ao que se passa nos Estados Unidos. A maioria dos portugueses acha que é assunto que só a eles diz respeito porque as eleições norte-americanas (...)
27.Mai.24

Mais de 2.130 km separam Kiev da Faixa de Gaza

mparaujo
No dia 8 de maio, a Fundação Francisco Manuel dos Santos apresentou um estudo a propósito do Dia da Europa no qual identifica Portugal como um dos países mais europeísta e que mais confia nas instituições europeias (2 em cada 3 portugueses, cerca de 56,3%. Acima da média europeia: 50,7%). O estudo revela ainda que quase 70% dos inquiridos criticam a inação da UE perante Gaza e Kiev, acham que deveria fazer mais quanto à invasão da Ucrânia e à guerra em Gaza. Perante os (...)
26.Fev.24

Longos 730 dias tem a guerra na Ucrânia

mparaujo
(Publicado na edição de hoje, 26 de fevereiro, do Diário de Aveiro - página 15 ) Neste sábado passado, no dia 24 de fevereiro, assinalaram-se os dois anos de resistência estoica do povo ucraniano contra a invasão bárbara e totalmente injustificada perpetuada pelo regime russo, assente e argumentos completamente surreais que apenas servem para alimentar e justificar a ânsia de um regresso ao passado imperialista soviético. Tudo começou entre os dias 20 e 24 de fevereiro de 2022, (...)
17.Mai.23

Zelensky, o 'Magno'

449 depois da entrada, no país, das tropas invasoras russas

mparaujo
(fonte da foto: britannica.com) Desde a madrugada (3:30) do dia 24 de fevereiro de 2022 que a Ucrânia, o seu povo e o seu presidente Volodymyr Zelenski, resistem, com inigualável heroísmo, à barbárie da invasão russa. Por mais que a propaganda da Federação Russa queira disseminar um conjunto de argumentos, por si só, infundados e inaceitáveis, para justificar o injustificável, o facto é só um: há um país (Rússia) invasor, agressor e opressor que, sem uma única razão (...)
25.Jun.22

Bem-vindos ao "clube": Ucrânia, Moldova e, quase-quase, Geórgia

a Europa alargada ao limite territorial.

mparaujo
Há inúmeras questões que, legitimamente, podemos considerar e colocar quando olhamos para a sustentabilidade e para o futuro do projecto europeu, para a sua afirmação interna e externa, para a sua capacidade agregadora, para os seus princípios políticos, económicos, culturais e para a sua essência solidária e social. Excluindo o cepticismo cego e ideológico, a verdade é que a Europa/União Europeia merece ser pensada, reflectida e avaliada em função do que são as (...)
06.Mar.22

A vergonha do "mal menor"

com o decorrer do tempo... a responsabilidade pelo desfecho da guerra na Ucrânia cresce para a NATO,

mparaujo
Vergonha! Revolta! Desilusão! Desespero! São sentimentos que, de certa forma simpática, descrevem o que me vai na 'alma' perante o que é a passividade - repito, passividade - e deprimente calculismo da NATO, UE e USA perante o sofrimento, a destruição, a morte, a anexação ilegítima de um país soberano e livre como a Ucrânia. Sim... tem toda a razão o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, quando se dirigiu directa e legitimamente à NATO após esta ter recusado criar uma (...)
01.Mar.22

Do rídiculo da cegueira política

ou como a pala ideológica turva a capacidade racional.

mparaujo
(fonte da foto: Reuters) A guerra, qualquer guerra, destrói e mata. As bombas e os mísseis que arrasam territórios, destroem identidades comunitárias, retiram a vida e desfazem a vida das famílias, não conhecem ideologias. Apenas a destruição, o sofrimento e a morte. Hoje, a política partidária portuguesa (ou uma parte dela) tem que se envergonhar e pedir desculpa aos ucranianos. O Parlamento Europeu aprovou, por maioria, a Resolução B9‑0123/2022 (...)
26.Fev.22

Uma guerra que é de todos nós...

Todos Somos Ucrânia...

mparaujo
Por mais comentários e teses de geopolítica, geoestratégica, teorias e princípios da ciência militar que vão preenchendo horas a fio nas nossas televisões e jornais, a questão da Ucrânia é, acima de tudo e de todas as teorias, bem clara e simples (não queiram complicar o que é um facto evidente): a invasão da Rússia é um vil e intolerável ataque à liberdade e soberania de um Estado e de um Povo, sem qualquer justificação e legitimidade, uma inquestionável violação do (...)
11.Fev.15

À beira de um ataque de nervos

mparaujo
publicado na edição de hoje, 11 fevereiro, do Diário de Aveiro. Debaixo dos Arcos À beira de um ataque de nervos A Europa, mais concretamente a União Europeia e a Zona Euro, estão a ferro e fogo, à beira de um autêntico ataque de nervos. Em causa a pressão da Grécia em relação à sua dívida e ao programa de ajustamento a que tem estado sujeita. Mas não só… a par, e não menos importante, a Europa vê-se a braços a com o prolongar da crise na Ucrânia e com a posição (...)
12.Ago.14

O trunfo humanitário de Putin

mparaujo
O trunfo é “espadas”. Putin volta a marcar pontos no conflito da Ucrânia. Depois das sanções decretadas pela União Europeia e pelos Estados Unidos, o Kremlin responde com o embargo às importações de produtos e bens alimentares e agrícolas do ocidente. Resta saber para que lado penderá a balança das sanções. Mas Putin joga ainda uma cartada importante no jogo geopolítico e geoestratégico do conflito ucraniano: a ajuda humanitária. E a cartada é importante porque, seja (...)
12.Mar.14

A Leste... nada de novo. (resumo)

mparaujo
publicado na edição de hoje, 12 março, do Diário de Aveiro. Debaixo dos Arcos A Leste... nada de novo. Na análise ao conflito na Ucrânia, com extensão actual à Crimeia, há quem queira retomar a história com as invasões da (na altura) Checoslováquia (a célebre, Primavera de Praga) ou do Afeganistão; e há quem relembre, mais recentemente, a invasão do Iraque pelos (...)
11.Mar.14

A Leste... nada de novo. (5)

mparaujo
Numa altura em que começam a acelerar as movimentações políticas em torno das eleições europeias de maio próximo e do sucessor de Durão Barroso, a União Europeia vai perdendo credibilidade e peso político na gestão diplomática do conflito na Ucrânia. A braços com a necessidade de recuperação financeira; com o aumento das diferenças entre os membros mais ricos, os menos ricos e os que se encontram sob resgate externo; com a perda de solidariedade e união políticas entre (...)
07.Mar.14

A Leste… nada de novo (4)

mparaujo
No conflito e crise da Ucrânia há uma hipocrisia e um jogo do “faz-de-conta” (ou um bluff diplomático) perfeitamente evidente e no qual muito poucos acreditarão: as ameaças de sanções da União Europeia e dos Estados Unidos à Rússia. Aliás, a questão é tão mal disfarçada que as ameaças não passam disso mesmo… puras ameaças políticas, sem quaisquer consequências. Dando de “barato” a Ucrânia ou parte dela (se a isso obrigados), a Rússia defende na Crimea (e no (...)
05.Mar.14

A Leste… nada de novo (3)

mparaujo
Na guerra diplomática da condenação da violação do direito internacional, Estados Unidos e União Europeia são céleres a condenar a Rússia pela “invasão” da Crimeia. Diz o ditado que “quem tem telhados de vidro não deve atirar pedras ao telhado do vizinho”. E são muitos os telhados de vidro, esquecendo-se a “natural” (mesmo que não justificável) posição geopolítica e geoestratégica da Rússia naquela zona, o passado histórico-político da URSS e os motivos (...)
05.Mar.14

A Leste… nada de novo (2)

mparaujo
A situação que se vive na Ucrânia, com extensão actual à Crimeia, ultrapassa as fronteiras da região. Há quem retome a história com as invasões da (na altura) Checoslováquia (a célebre, Primavera de Praga) ou do Afeganistão. Há quem relembre, mais recentemente, a invasão do Iraque pelos Estados Unidos. A Rússia tem interesses geopolíticos, geoestratégicos e económicos na região, muito para além da questão das bases militares. Os Estados Unidos, sob a capa das armas de (...)
05.Mar.14

A Leste... nada de novo. (1)

mparaujo
Assim é difícil, RTP. Factos prévios: 1. Defendo a RTP como estação pública. 2. Tenho assumido, publicamente, a defesa dos profissionais da RTP e dos momentos complicados que têm vindo a viver nestes dias conturbados do grupo da estação pública de televisão e rádio. 3. São muitas as vozes críticas em relação à continuidade da RTP como empresa pública e significativas as vozes que se posicionam a favor da sua privatização. Entre os principais argumentos encontram-se os (...)