Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.
(captura técnica, in jornal Expresso) São diversificados e inúmeros os contextos em que se defende e proclama o que deveria ser, em si mesmo, óbvio e natural: a vida e a dignidade humana. A realidade demonstra que a assunção da “nossa verdade” e dos “nossos valores” como únicos omite o inquestionável e irrefutável: o respeito pelo outro como igual, desde que nasce até que morre. Ciclo que, excluindo o próprio, ninguém tem o direito de quebrar. Nada justifica ou (...)
(crédito da foto: Francisco Romão Pereira / Observador) Face à realidade polvorosa que se vive nos últimos dias, importa mais a serenidade pública do que atiçar a conflitualidade (como alguns - os do costume - que deveriam ter responsabilidades públicas acrescidas e não se contêm na boçalidade e no populismo). Posto isto, é inaceitável a tentativa (mais uma vez) de instrumentalização partidária das forças de segurança a que o país assistiu, ontem, por parte da extrema-direita. Deseng (...)
O princípio é, ou deveria ser, mais que óbvio: a violência, como manifesta forma de atropelo aos mais elementares direitos humanos e um atentado à dignidade humana, é condenável e reprovável. Se a isto acrescentarmos a "fragilidade" (no seu sentido mais lato) da vítima, passa a ser repugnante. Em todos os casos, é CRIME. No caso da violência contra as mulheres, representa um medievalismo repulsivo, uma total incapacidade na integração e aceitação do outro (seja qual for a (...)
mas, infelizmente, são demasiados para que possamos ficar indiferentes.
mparaujo
Dos 30 artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, transcritos de forma parcial e resumida. Artigo 1.º - Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Artigo 2.º - (...) sem distinção alguma, nomeadamente de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou outra, origem nacional ou social, fortuna, nascimento ou outro estatuto. Artigo 3.º - Todas as pessoas têm direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. Artigo 4.º - (...)
as realidades que passam para o fim da lista da agenda pública
mparaujo
Há mais vida para além da COVID-19, para além das vagas, para além das estatísticas, para além das vacinas e das guerras das farmacêuticas. Se as orientações e regras necessárias para a mitigação da pandemia merecem o nosso especial cuidado para regressarmos o mais rápido possível à tão desejada normalidade (se é que alguma vez a voltaremos a ter, tal como a conhecíamos até março de 2020), o excessivo foco e centralidade do nosso quotidiano na COVID-19 faz com que os (...)
(créditos da foto: António Pedro Santos / Agência LUSA) Desde o dia 1 de janeiro até ao dia 15 de agosto, Portugal registou 20 casos de mulheres assassinadas, dos quais 10 em contexto de violência doméstica, e 25 tentativas de femicídio. Importa ainda destacar, dos dados apresentados pelo Observatório das Mulheres Assassinadas (OMA), da UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta) que a maioria das tentativas de femicídio ocorreram já em plena fase de desconfinamento, entre (...)
Sobre a criança Valentina... e outras "Valentinas"
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O relatório da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) dava conta que, em 2019, 1.467 crianças foram vítimas de crime (mais 532 do que em 2018, numa média de 4 por dia ou 28 por semana) sendo que em 27,3% dos casos a autoria do crime foi atribuída ao pai ou à mãe. Se um crime, agravado pela existência de vítima mortal, é, por si só, uma realidade condenável, este acto toma contornos abomináveis quando está em causa uma criança, dada a sua fragilidade, (...)
O Governo lançou, há poucos dias, a nova campanha "#NamorarNãoÉSerDon@" que tem como objectivo "educar e capacitar jovens para melhor identificarem e rejeitarem comportamentos de violência em relações de namoro, incluindo violência física, sexual, psicológica, e nas redes sociais", segundo Rosa Monteiro, Secretária de Estado da Cidadania e da Igualdade de Género, sob tutela da Ministra da (...)
Ou como paira no ar uma ilusória sensação de paz. Não alinho no coro (que acho desafinado) daqueles que acham que caiu o pano sobre um eventual conflito Irão(Iraque)/Estados Unidos da América. Assim como também não alinho naqueles que acham que podemos voltar todos à normalidade, que não há mais "nada para ver" depois dos acontecimentos que ditaram a morte do general iraniano Qasem Soleimani. Tudo porque a reacção norte-americana à resposta iraniana à morte de Soleimani foi (...)
Promovida, mais uma vez, pela Porto Editora, os portugueses escolheram a palavra do ano de 2019. Por si só, qualquer contexto de violência é condenável, criticável e deve ser denunciado. Têm vindo a público inúmeras realidades reprováveis: 900 casos de violência contra profissionais da saúde (normalmente, médicos e enfermeiros); praticamente todas as semanas há registo de casos com professores e auxiliares de educação; são mais que significativos os casos de violência (...)
Começa da pior maneira o ano de 2020. Muito mal, mesmo. E se muitos (infelizmente, a maioria) acham que os recentes acontecimentos no Médio Oriente, nomeadamente em Bagdad (Iraque) e, mais concretamente, a morte do general iraniano Qasem Soleimani (o segundo da hierarquia do regime do Irão), são aí mesmo, num longínquo médio oriente (onde a maioria só em 'sonhos' se imagina de férias no Qatar ou Dubai) é urgente alertar para a importância da tomada de consciência com a (...)
A ONU instituiu, em 1990, o dia 25 de novembro como o "Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres", em memória das irmãs Maribal (Minerva, Patria e María Teresa), activistas da República Dominicana, assassinadas em 1960 (a 25 de novembro). É indiscutível que as preocupações sociais, do garante e defesa das liberdades, dos direitos e garantias, devem ser permanentes e diárias. Mas não é menos verdade que o foco centrado na celebração de datas que (...)
Esta era uma frase corrente, ao longo de várias décadas, por exemplo na Função Pública ou nas Forças Armadas, justificando as progressões na carreira, as diferenças salariais, as responsabilidades funcionais... se excluirmos o sentido jocoso ou a banalidade do seu emprego, a verdade é que a expressão continha algo de muito concreto: o respeito pela experiência e saber acumulados. Esta é, aliás, uma das diferenças colossais e abismais entre a cultura ocidental e a oriental, (...)
Este texto não é sobre futebol... é sobre "bola". No que se tornou o meio futebolístico, dentro e fora das quatro linhas, nos últimos anos, mais propriamente no decorrer da presente época que se aproxima do seu final, perspectivava, mais dia, menos dia, mais acontecimento, menos acontecimento, a ocorrência de situações como a que se vive no dia de hoje. Por mais que muitos (infelizmente, muitos mesmo) bradem aos céus que isto não é normal (qualquer tipo de violência não é (...)
No dia do ano em que mais se comercializa e banaliza as relações amorosas e, porque não, as de amizade, a realidade devia obrigar-nos, forçar-nos, a parar e a pensar. Principalmente que a relação é muito mais que uma caixa de bombons, uma rosa, um coraçãozinho vermelho ou um balãozinho engraçado. Isto já para não falar nos peluches de toda a forma e feitio ou no esgotar de toda e qualquer sala dos restaurantes e bares. Já há um ano a Revista Visão tinha publicado este (...)
São já 27 os anos que separam o dia 20 de novembro de 1989 do dia celebrado ontem (20 de novembro de 2016). São já 27 os anos que distam do dia em que as Nações Unidas adoptaram a Convenção dos Direitos das Crianças (20 de novembro de 1989). Hoje (ontem) é dia de lembrar o que nos relata a UNICEF. seis milhões de crianças continuam a morrer anualmente de causas evitáveis.50 milhões de crianças foram obrigadas a abandonar as suas casas, das quais 28 milhões estão (...)
(declaração de interesses) Apesar de alguns amargos de boca com a PSP, a par de muitos bons momentos, nada tenho contra a instituição, antes pelo contrário, assim como tenho pessoas por quem guardo estima, amizade e consideração, que são agentes da PSP. Ponto prévio. Tendo sido um dos muitos que criticou os acontecimentos recentes que ocorreram em Guimarães após o final do jogo de futebol entre o Vitória e o Benfica, não tomei a parte pelo todo e, muito menos, confundi a (...)
publicado na edição de hoje, 24 de maio, do Diário de Aveiro. Debaixo dos Arcos Estaremos mais violentos? Tem sido foco de atenção (em alguns casos, demasiada atenção) mediática e presença na agenda pública os casos de violência que têm assombrado os últimos dias ou as últimas semanas. Deixo, por razões mais que óbvias, o óbvio (...)
publicado na edição de hoje, 18 de janeiro, do Diário de Aveiro
Debaixo dos Arcos Limites há… mas escusa de ser ao murro.
Não é um “tropeção”, mesmo que com dificuldade em digerir e em concordar, que me farão recuar na opinião que até agora mantenho do Papa Francisco. A forma como tem lidado com a Cúria e o interior do Vaticano, a forma como tem colocado à discussão alguns tabus e temas polémicos para a Igreja conservadora, a forma como tem lidado com a realidade (...)