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Debaixo dos Arcos

Espaço de encontro, tertúlia espontânea, diz-que-disse, fofoquice, críticas e louvores... zona nobre de Aveiro, marcada pela história e pelo tempo, onde as pessoas se encontravam e conversavam sobre tudo e nada.

Vale a pena pensar nisto #08

um caso que fosse.. era demasiado.

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(créditos da foto: António Pedro Santos / Agência LUSA)

Desde o dia 1 de janeiro até ao dia 15 de agosto, Portugal registou 20 casos de mulheres assassinadas, dos quais 10 em contexto de violência doméstica, e 25 tentativas de femicídio. Importa ainda destacar, dos dados apresentados pelo Observatório das Mulheres Assassinadas (OMA), da UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta) que a maioria das tentativas de femicídio ocorreram já em plena fase de desconfinamento, entre junho e agosto.

É certo que, comparativamente a 2019, em igual período, o número vítimas mortais em contexto de intimidade diminuiu para metade, apesar de um ligeiro aumento (de 22 para 25) dos casos.
No entanto, é relevante referir que os dois novos Centros Temporários de Acolhimento de Emergência para Vítimas de Violência Doméstica, abertos, em abril, após o desafio lançado pelo Governo à Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) e ao Gabinete de Apoio à Família (GAF) do Norte, já acolheram 208 pessoas (113 mulheres e 95 crianças), vítimas de casos de violência doméstica, agravados pelo contexto social da pandemia, oriundas das mais diversas regiões do país.