Voto "abençoado"... acho mal.
Sempre defendi, defendo e espero continuar a defender, que a Igreja deve ter uma intervenção política, sem constrangimentos. E sempre... em qualquer circunstância ou contexto.
O que não é a mesma coisa é o Episcopado, enquanto episcopado e no desempenho das suas funções clericais (sejam elas religiosas ou não), ter uma intervenção partidária (e não enquanto eleitor e cidadão, que também o são).
Daí que seja questionável e dispensável este tipo de afirmações públicas, como as de D. Januário, independentemente da tendência do apelo eleitoral. Nem é isso que está em causa.
Imagine-se agora o que seria do país e desta campanha (que já se si é paupérrima) se os párocos e sacerdotes espalhados pelas mais distintas e remotas paróquias "desatassem" a apelar ao voto em "A", "B" ou "C", em plena homilia ou qualquer acto religioso ou social.
Caía o "Carmo e a Trindade".